Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Polícia Militar prende quadrilha envolvida em latrocínio da Via Verde

Foram 34 horas de uma verdadeira “caçada” aos acusados de envolvimento no assalto, seqüestro contra um casal de jovens que resultou na morte do funcionário público Alexandre Leal Ferreira, 23 anos.
Policiais militares do 2° Batalhão com apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), iniciaram as buscas de dois acusados da prática do crime que chocou a sociedade acreana e findaram indo mais além prenderam seis pessoas que integravam uma quadrilha especializada em roubo de carros para desmanche.
Presos0206
Na manhã de terça-feira, 31 de maio, enquanto a vítima Alexandre Leal agonizava no Centro Semi Intensivo do Pronto-Socorro, equipes do Bope, com apoio de membros de todas as regionais da PM e Helicóptero Comandante João Donato realizavam uma varredura em um matagal próximo à Terceira Ponte, local onde os dois criminosos teriam fugido após o crime.

Por volta das 11h uma guarnição do 2° Batalhão conseguiu prender o primeiro suspeito Zimar Alves Ferreira Júnior, 18 anos, ‘Negão do Taquari’.

Mas, para a polícia faltava o segundo acusado e a “caçada” continuou de forma ininterrupta até que na manhã de ontem, por volta das 9h seguindo informações, as guarnições do 2° Batalhão comandadas pelos majores Kimpara e Vasconcelos prenderam Saulo Cauã Oliveira Ma-ciel, 18 anos, que chegou a trocar tiros com a polícia em um matagal do Ramal Piçarreira.

O rapaz confessou o crime alegando que não tinha a intenção de matar Alexandre Leal, que o objetivo era apenas roubar as rodas do carro da vítima.

A confissão do acusado alertou a polícia de que aquele preso era a “peça” inicial de um quebra cabeça gigante.

Com ajuda de uma testemunha a Polícia Militar foi desmontando um a um os envolvidos no crime de morte que escondia outros crimes.

Em seguida foi preso Gleisson Florindo de Brito, 18 anos, que também confessou a participação no latrocínio contra Alexandre Leal e a exemplo de Saulo Cauã alegou que não tinha a intenção de matar apenas roubar.

Esse foi mais frio quando afirmou que a morte de Alexandre foi um acidente de percurso.

“Ele reagiu e deu um tapa no Saulo que o espancou. Eu fiquei apenas segurando a mulher”, afirmou o acusado.

A mesma frase foi dita por Saulo, mudando somente a posição de quem segurava a jovem Janaira Barros e quem espancava Alexandre.

Para a Polícia Militar as prisões só estavam começando e as respostas para diversas perguntas foram aparecendo com outras prisões.

Tentando convencer a polícia de que a intenção era apenas de roubar as rodas do carro de Alexandre Leal, os dois presos resolveram delatar os integrantes de uma quadrilha especializada em roubar carros para desmanche e levaram a polícia a uma borracharia, localizada na Via Chico Mendes de propriedade de Fábio Jú-nior Barbosa Ferreira, 39 anos, o ‘Zé Pretinho’, onde os presos afirmaram ser o receptador dos pneus e rodas roubadas dos veículos.

Na borracharia a polícia observou um cartaz anunciando a venda de equipamentos como roçadeira e motosserra, e por coincidência uma das vítimas da quadrilha teve equipamentos desse tipo roubados pelos assaltantes.

Fábio Júnior recebeu voz de prisão por crime de receptação  e a “caçada” continuou até chegar a mais dois suspeitos delatados pelos que já estavam presos: Jocimar Moraes da Silva, 19 anos e Jairo César da Silva Leite, 21 anos, todos moradores dos ramais Amapá e Piçarreira.

Todos os acusados foram encaminhados à Delegacia Antiassalto da Polícia Civil (Dapc) responsável pela investigação dos crimes cometidos.

 

Sair da versão mobile