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Presos na Operação Rapa já estão em liberdade

Na noite de quarta-feira, 14, após pagamento de fiança o presidente do Sindicato dos Camelôs de Rio Branco, José dos Santos de Lima, 51, ‘Juruna’, a fiscal de obras da Prefeitura de Rio Branco, Maria do Socorro da Silva Albuquerque, 47, ‘Socorrão’ e o ex-fiscal tributário do município, Sebastião Oliveira de Souza, 34, ‘Sabah’, foram libertados do presídio.
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Eles foram presos na quarta-feira, 8, durante a “Operação Rapa” desencadeada pela Polícia Civil, acusados de crimes de Peculato (art. 312), corrupção passiva (art. 317); tráfico de influência (art. 332); falsificação de documento público (art. 297) e formação de quadrilha (art. 288), ambos do Código Penal.

De acordo com informações a fiança no valor de R$ 5 mil foi paga pelos camelôs do Terminal Urbano que realizaram uma cota para juntar o montante e pagar a fiança. Os três foram recebidos por amigos, familiares e camelôs que aguardaram a saída dos mesmos em frente o portão do presídio.

Dos três libertados somente José dos Santos, o Juruna saiu do carro e abraçou os que o aguardava. Com frases de apoio moral escritas em cartazes, os amigos dos acusados prestaram solidariedade a Juruna, Maria do Socorro e Sebastião Oliveira. Agora os três acusados respondem o processo em liberdade.

A acusação –  Segundo investigação da Polícia Civil, Juruna, Socorrão e Sabah “intermediavam a venda de estabelecimentos comerciais, localizados no Calçadão da Benjamim Constant (Camelódromo), cujo os imóveis, por lei, não podem ser vendidos ou alienados por se tratar de permissão pública”, afirmou Karlesso responsável pela investigação.

De acordo com a autoridade policial, o trio chegou a vender os pontos comerciais por até R$ 60 mil.

Juruna, presidente do Sindicato dos Camelôs, atuava como uma espécie de corretor de imóveis da quadrilha, cabia a ele fazer o primeiro contato com os interessados na compra e venda dos pontos que por lei não poderiam ser vendidos e cobrava pelo “serviço sujo” uma comissão que variava entre R$ 1.340 e 1.500 por cada transação, o valor era cobrado tanto de quem comprava como de quem vendia tudo seria validado por Socorrão fiscal da prefeitura, o que prejudicava o controle do município.

Ainda conforme Karlesso, os dados que comprovam o crime teriam sido armazenados em um computador público, destruído pelos criminosos, com o propósito de ocultar provas, porém os dados teriam sido transferidos para um pen driver que era controlado por Socorrão.

Os computadores que foram apreendidos no depósito da Gerência de Licenciamento e Fiscalização Urbana (Sedop) serão submetidos a perícias no Departamento de Polícia Técnico- Científica.

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