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Bolívia, Amazonas e Rondônia são temas tratados por deputados estaduais acreanos

Parece incrível, mas alguns parlamentares acreanos parecem estar mais preocupados com problemas que acontecem em estados e países vizinhos. Extrapolam constantemente os limites do Estado para reivindicarem transformações em territórios alheios. Ontem, por exemplo, o deputado Walter Prado (PDT) criticou a situação dos agricultores ameaçados de morte em Rondônia e no Amazonas.  

Prado justificou o seu pronunciamento na tribuna. “Embora as terras sejam do Amazonas, mas os habitantes são acreanos. Existem pessoas marcadas para morrer em Lábrea (AM) e na divisa com Rondônia. Desde 2007 esse conflito já ceifou a vida de dois sindicalistas. A Aleac pode marcar uma audiência pública no Acre e convidar as autoridades do Amazonas. Foram eles que permitiram a grilagem e as invasões e precisam dar satisfações”, explicou.

Já o deputado Astério Moreira (PRP) se mostrou indignado com imagens divulgadas na TV sobre o tratamento de prisioneiros brasileiros na Penitenciária de Vila Busch, em Cobija, na Bolívia. “A gente precisa chamar a atenção do Governo do Estado através da Secretaria de Direitos Humanos para manter um contato com os bolivianos. Na semana passada o governador Tião Viana (PT) esteve em Pando conversando com o governador de lá. Eles foram convidados a virem ao Brasil para ver o nosso modelo”, afirmou.

Questionado se o problema na Bolívia estaria fora do alcance de um deputado acreano, Astério não concordou. “Acho que é possível manter contato e evitar situações desse tipo dentro do presídio. A situação é tão grave que deveria ser levada para um conselho internacional. Os presos estão recebendo um tratamento que nem no Iraque e nem em Guantámano, uma prisão americana em Cuba, acontece. O Governo do Acre deve tomar providências urgentes além de envolver os senadores e deputados federais. Não sei a quantidade de presos brasileiros na Vila Busch, mas tenho a certeza que são mais de 20. A maioria envolvido com tráfico de droga, roubos e assassinatos. É preciso levar a questão para uma entidade de direitos humanos internacional”, ponderou. 

 

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