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FPA poderá lançar mais de uma candidatura à prefeitura da Capital

Durante uma conversa informal a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB/AC) revelou algumas das suas teses políticas sobre a disputa da Prefeitura de Rio Branco em 2012. Primeiro justificou por que andava “sumida” da cena política acreana. “Tive uma dengue que me deixou 15 dias fora de combate”, disse ela. Depois completou: “também não quero ficar falando muito sobre a eleição de 2012 porque ainda acho muito cedo. Isso pode parecer um desrespeito com o prefeito Angelim (PT) que está em plena atividade”, ponderou.
Candidatos22
Mas com um pouco de insistência Perpétua falou sobre o que pensa da próxima disputa eleitoral municipal. “Sei que a minha tese não terá grandes repercussões dentro da Frente Popular. Mas penso que seria importante a FPA ter mais de uma candidatura para a Prefeitura de Rio Branco. Seria um momento adequado para que os partidos pudessem apresentar as suas lideranças para o eleitorado. Além disso, como temos uma eleição em dois turnos quem fosse para o segundo turno teria o apoio dos demais candidatos. Isso evitaria, inclusive, desgastes internos para a escolha de um único nome”, argumentou.

Para a parlamentar comunista a eleição municipal é diferente da disputa para o governo. “Não acho que isso criaria uma ruptura na união da FPA. Seria muito saudável para a democracia porque os partidos poderiam mostrar ao eleitorado seus pontos importantes programáticos e ideológicos. O governador Tião Viana (PT) está tendo um início de gestão impressionante. Nunca vi tantas ações simultâneas e com resultados tão rápidos. Ele tem uma liderança que não será afetada pelo fato de termos mais de uma candidatura na disputa da Prefeitura de Rio Branco. Acredito que será uma oxigenação para a FPA. Na eleição de 2014 a aliança mais ampla da FPA será inevitável”, revelou.

Outro aspecto ressaltado por Perpétua Almeida é que os candidatos que têm uma identificação com o projeto da FPA fariam um pacto de não agressão. “Algumas das nossas lideranças temem que com mais de uma candidatura no calor da campanha possa haver desgastes. Mas acredito que isso não ocorrerá. Temos o projeto maior da FPA refletido no Governo do Estado. Ninguém vai querer se distanciar ou romper com aquilo que está dando certo”, garantiu.

 Taumaturgo Lima prega uma reflexão ampla da FPA
O deputado federal Taumaturgo Lima (PT-AC) concorda com vários aspectos da tese da sua colega comunista. Primeiro ressalta a eficiência que o governador Tião Viana (PT) está demonstrando na sua gestão. Na opinião de Taumaturgo, programas como Ruas do Povo, Cuidando dos seus Olhos e os projetos de piscicultura estão conseguindo criar uma identificação com a população. Segundo ele, tal fato garante a união primordial para a FPA em 2014.

O fato de Rio Branco ser o maior colégio eleitoral do Acre, para o deputado, merece um debate amplo da FPA que não descartem alternativas.  “A FPA tem tempo suficiente para articular uma candidatura porque temos vários nomes de diferentes partidos. Se a FPA saí com apenas um candidato ou se lança mais de um merece uma análise cuidadosa. Acho importante a tese da Perpétua porque temos lideranças em todos os partidos. Mas não podemos nos precipitar no debate eleitoral de 2012. Isso tem que ser discutido dentro do conjunto. O Angelim fez um trabalho que mudou a infra-estrutura e as parcerias com o Governo do Estado e Federal possibilitou a melhoria da cidade”, avaliou.

Sem medo de esfacelamento
Taumaturgo também não acredita que mais de uma candidatura da FPA poderia esfacelar o grupo no futuro. “Rio Branco tem segundo turno. Se tiver outras candidaturas no primeiro turno quem não for vitorioso poderá estar junto no segundo turno. Essa tese possibilita fortalecer as nossas lideranças. Será uma eleição difícil como todas as disputas na Capital decididas por uma margem pequena de votos. Se acontecer o segundo turno a FPA se une para ir com todos os partidos à unidade”, argumentou.

Ações do Governo superam divergências políticas
O parlamentar acredita que em nenhuma eleição há garantia de vitória. “Mas sabemos que a unidade da FPA se solidificou. Temos problemas de insatisfações como todos os grupamentos políticos. Mas sempre tivemos a capacidade de chegada à eleição superar essas questões. O nosso grande desafio vai ser superar a nós mesmos. Temos que fazer um balanço do Estado mostrando o que era o Acre antes de 99 e depois de 99. Principalmente Rio Branco que foi contemplada com uma série de ações. Muitas pessoas que estarão votando em 2012 não conheceram o Acre antes das gestões da FPA”, salientou.

Segundo Taumaturgo, algumas ações dos governos da FPA mudaram a realidade social do Acre. “Nós não tínhamos a integração com o Vale do Juruá que tem possibilitado juntar as pessoas e promover o desenvolvimento econômico e social de uma região que era muito isolada. Temos que mostrar para os eleitores mais jovens que o nosso projeto é vitorioso e mudou a história do Acre com grandes avanços em todas as áreas. Na época que assumimos o Governo tínhamos uma única universidade. Atualmente temos várias entidades de cursos superiores que permite aos nossos jovens não mais se ausentarem das famílias para fazer um curso superior como foi o meu caso”, lembrou.

Outra questão importante para Taumaturgo é que o governador Tião Viana poderá promover avanços ainda maio-res que terão reflexos eleitorais. “Ele vai superar alguns pontos que nós não conseguimos durante os governos do Jorge Viana (PT) e do Binho (PT). Foram as ações desses dois governadores que construíram a infra-estrutura que abre a possibilidade do Tião avançar muito mais trazendo oportunidades para os nossos trabalhadores e a nossa juventude. A piscicultura vai beneficiar todos os municípios do Acre. Isso gera uma inclusão que muda o quadro social do Estado. O planeta tem a necessidade da produção de mais alimentos. O Brasil que tem 220 milhões de habitantes pode produzir muito e o Acre pode participar desse processo”, ressaltou.

A missão em 2012 será mostrar o bom momento do país e do Estado. “Atualmente o Brasil se coloca no mercado internacional com credibilidade e segurança para os investidores externos. O Risco Brasil é menor do que o norte-americano. Isso nunca tinha acontecido na nossa história. O mundo está de olho no nosso crescimento econômico. Se juntarmos a questão regional, nacional e internacio-nal poderemos mostrar aos jovens de Rio Branco que os governos da FPA deram grandes passo sem direção ao futuro”, destacou.

Diferenças regionais
Taumaturgo recordou ainda que nas eleições municipais de 2008 em Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Tarauacá partidos da FPA saíram em coligações diferentes. “Temos 22 municípios e situações diversas. Precisamos nos preparar para fazer uma discussão contemplando as questões regionais e aquilo que é melhor para a FPA conduzir o mandato do governador Tião Viana. Precisamos de candidaturas competitivas para que a FPA possa manter e ampliar as prefeituras que têm. O caminho é a cautela para discutir o tema com o desprendimento de qualquer vaidade pessoal para colocar os interesses da população à frente. Estou disposto a contribuir naquilo que for preciso”, finalizou.

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