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Perpétua cobra OI por transtornos no Acre

Nesta terça-feira, em Brasília, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) fará a quarta cobrança púbica à operadora Oi somente este ano, em razão das panes no serviço de telefonia móvel e Banda Larga no Acre.
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Após ter mobilizado advogados, jornalistas e populares numa reclamação junto ao Procon,  a deputada pedirá explicações ao vice-presidente da empresa, José Luis Simão. Ele falará aos parlamentares acreanos, em reunião da bancada, às 14 horas, sobre investimentos no estado.

“Há muito a ser esclarecido sobre tantas reclamações contra a OI por usuários que contratam e pagam por um serviço satisfatório, mas colecionam aborrecimentos”, acentua a deputada. A inquietação e revolta dos consumidores acreanos serão lembrados pela deputada,  que há vários meses vem exigindo soluções ao escritório da OI no Acre.

Desde 2007, bem antes de se tornar OI, a empresa, cujo nome fantasia era Brasil Telecom, sempre esteve entre as cinco mais reclamadas no órgão de proteção ao consumidor acreano, sob a acusação de tarifar indevidamente alguns serviços. “O descumprimento de cláusulas contratuais é o principal motivo das queixas”, informou Daniela Barcelos, chefe da Divisão de Reclamações do Procon.

Neste ano, ao menos seis interrupções graves foram registradas na área entre Rio Branco e Porto Velho.  Duas delas, na mesma semana, no mês de fevereiro, motivaram ameaças veladas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de multar e até mesmo proibir a venda de mais acessos no estado. À época, o gerente da Anatel no Acre, Cícero Elóy, anunciou ter aberto um procedimento que obrigava a OI a explicar os motivos da falta do sistema de redundância – uma segunda rede de cabos de fibra ótica de modo aéreo capaz de garantir a continuidade dos trabalhos.

O chefe da agência ainda informou que a equipe de fiscalização constatou que os cabos de fibra ótica do lado acreano não estão enterrados, o que estaria errado. Eles estariam expostos à ação do tempo, podendo ser furtados ou sofrer com a quebra motivada por um acidente com alguma máquina pesada.

Reiteradas vezes, a OI argumenta que o problema é causado por “acidentes em obras civis ao longo da BR-364”, o que gera danos parciais à telefonia móvel da companhia como dificuldade para completar chamadas, além de afetar a comunicação de dados.

Perpétua Almeida entende ser um contra-senso o Acre abrir mão de sua vocação sustentável para aliviar a obrigação de empresas muito bem compensadas para prestar serviço de qualidade. (Assessoria)

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