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Presença de sindicalista esquenta debate na Aleac

Alguns representantes que estavam, ontem, na galeria da Aleac acabaram dando o tom do debate mais contundente entre a base governista e a oposição. Alguns deputados oposicionistas fizeram críticas ao Governo pelo valor do aumento proposto ao funcionalismo. O líder do governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB) entendeu os pronunciamentos como provocação e reagiu. O ponto mais criticado pelo líder foi o indicativo de que poderá haver uma paralisação de 24 horas, no próximo dia 14, orquestrada por alguns sindicatos de servidores públicos.
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Para Moisés Diniz fazer greve quando as portas de negociação com o Governo estão abertas é uma irresponsabilidade. “Falei mais duro porque o Governo anunciou 15% de recuperação de perdas. Todas as categorias ou foram recebidas ou têm data marcada para serem recebidas pela equipe econômica do Estado. O governador anunciou o aumento em três parcelas e não fechou as portas. Portanto, vir alguns sindicalistas para Aleac é uma ação política porque nós abrimos as portas do Executivo. Nós não vamos aceitar uma ação estritamente política”, protestou.

O líder do governo acusa oposição de politizar o movimento sindical. “O deputado Rocha (PSDB) quer politizar uma reivindicação justa dos trabalhadores do Acre. A questão de duas ou três parcelas o governador ainda está ouvindo para decidir. Não é preciso pressão e nem ações virulentas. É uma irresponsabilidade anunciar greve geral quando o Governo deixou aberta para os sindicatos a forma do aumento. Estão querendo um confronto entre os sindicatos e o Governo e só quem sairá prejudicado com isso é o próprio funcionalismo”, garantiu.

Oposição se manifesta
Indagado o que pensa sobre a pressão dos sindicatos o major Rocha respondeu: “os sindicatos estão insatisfeitos de como tem sido conduzidas as negociações. Existe uma proposta e se não chegar a um denominador comum poderá haver paralisação no dia 14. Os sindicatos aceitam os 15%, mas não da forma que o Governo quer dar. Eles querem em duas parcelas. Acho que a coisa é tão insignificante que o Governo deverá evitar esse desgaste. Acredito que questões de meses não irão influenciar os cofres públicos. O Governo deve usar o bom senso, a prudência e não comprar uma briga com os sindicatos”, avaliou.

Já a deputada Antonia Sales (PMDB) não gostou da maneira como o líder do governo se manifestou na tribuna. “A emoção leva ao destempero das pessoas. A gente perde o equilíbrio com a emoção. O deputado Moisés Diniz é um democrata propenso ao diálogo e nunca se comportou dessa maneira gritando com os representantes dos sindicatos. No tempo do PT faziam greve para tudo. Agora, não podem impedir ou reclamar das pessoas que fazem greve. Se não tem dinheiro que o Governo mostre para os sindicalistas o que pode ser feito”, afirmou.

Para a peemedebista jogar a culpa na oposição não é justo. “O pior é culpar a oposição. Para tudo a base governista utiliza o passado. Se estão governando podem mudar o que está errado. Tudo era para estar 100%. Basta de pensar no passado. O que estava errado tem que ser corrigido e eles que estão no Governo podem fazer isso”, finalizou.  

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