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Tião Viana promete satisfazer os empresários acreanos com investimentos

A sala de reunião da Federação da Indústria do Acre (Fieac) ficou lotada, ontem, com o encontro entre o governador Tião Viana (PT) e os empresários do Estado. Acompanhado pelos secretários da Indústria e Comércio, Floresta, Obras e Depasa, Tião tranqüilizou o setor produtivo com a promessa de mais dinheiro circulando no mercado através dos grandes investimentos previstos pelo Governo.
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Empresários reivindicam
No entanto, a reunião começou com um discurso do presidente da Fieac, Francisco Salomão, fazendo algumas cobranças ao Governo. “A nossa maior dificuldade é a questão de crédito para aumentar o capital de giro das empresas acrea-nas. Tivemos um aumento considerável do número de contratos e precisamos ter mais acesso ao crédito. Outra questão que precisa ser resolvida é a redução das pesagens das cargas nas estradas. Também queremos uma regulamentação mais rápida nas compras do Estado. Entendemos que as mudanças no Governo do Estado e Federal diminuíram o dinheiro em circulação. O empresariado está com a língua de fora e é preciso manter o diálogo aberto”, argumentou. 

Tião Viana apresenta um quadro favorável
Por outro lado, o governador apresentou todo o projeto de investimento e entrada de capitais no Estado para espantar qualquer pessimismo do empresariado. “O Governo está pronto para uma agenda de trabalho. Nos próximos meses teremos R$ 600 milhões de recursos do BNDES, outros R$ 147 milhões do BID para o setor florestal. Fora o anúncio da presidente Dilma para a construção de mais oito mil unidades do Projeto Minha Casa, Minha Vida no valor de R$ 52 mil por unidade. E estamos lutando por mais duas mil residências. Só essas ações garantem um fôlego e estabilidade para o setor”, afirmou.

Tião Viana acredita ainda que o projeto de pavimentação de ruas também será uma alavanca para a movimentação de capital no Estado. “Além disso, estamos levando o “linhão” para Cruzeiro do Sul para economizarmos com as termoelétricas. Estamos prontos para um avanço da economia e temos que fazer uma transferência de modelo através de receita própria. O setor privado é o vetor principal para as mudanças. No final de julho teremos a nossa Zona de Processamento de Exportação (ZPE) alfandegada e já temos pelo menos 36 empresas com cartas de intenção para se instalar. Vamos acelerar os projetos de habitação e passar um trator em cima da burocracia”, ressaltou.

Mas o governador também pediu mais empenho do empresariado. “Não quero deixar obras inacabadas para os três anos seguintes. O empresário que pega uma obra com o Governo e demora três anos para entregar não terá lucro nenhum e prejudicará a relação Governo/Sociedade. Não pode haver atraso porque queremos ver resultados. Se o empresariado pensar assim vai ser melhor para todos”, garantiu.
Outro aspecto colocado à mesa por Tião Viana foi sobre as licitações. O governador pediu bom senso aos empresá-rios que entram em disputas. “A nossa perspectiva é que ao todo entrará mais de R$ 4 bilhões na nossa economia. Haverá obras para todos, mesmo porque pretendemos priorizar as empresas do Estado nas licitações para o dinheiro ficar aqui. O importante é que ninguém perca e todo mundo ganhe”, garantiu. Mas em relação à diminuição da pesagem nas estradas Tião Viana disse que será preciso buscar outra solução. “A manutenção das rodovias na Amazônia é complexa e não tenho como abrir mão da exigência. Inclusive os madeireiros que fazem transporte nos ramais terão que ter o compromisso com a sua recuperação”, salientou.

Na questão dos transportes o secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, ressaltou que o governador está empenhado em viabilizar a construção da Ferrovia Transcontinental. “Será uma opção para a abertura de novos mercados através da ligação entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa, no Peru. Também vamos viabilizar as eclusas do Rio Acre para aumentar o transporte fluvial na região”, anunciou.

Avaliação    
Ao final da reunião, o governador Tião Viana se mostrou satisfeito com o resultado. “Foi muito positivo discutir com o empresariado as agendas do trabalho do Governo, do desenvolvimento e as oportunidades que serão geradas nos próximos anos. Anunciamos R$ 800 milhões de maneira concreta agora e estamos tentando alcançar um meta de R$ 2 bilhões e meio nos próximos quatro anos. Isso quer dizer muita coisa. O financiamento do desenvolvimento econômico na nossa política de obras para gerar emprego e oportunidades de mudança no eixo da economia do Acre. Sairemos de uma economia dependente para uma altiva e auto-suficiente capaz de responder as expectativas de futuro de todo mundo. Isso significa emancipação econômica do Estado do Acre”, comemorou.

 

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