Esta semana foi bem proveitosa para a Universidade Federal do Acre (Ufac). Após audiência articulada no MEC pelo deputado Sibá Machado nesta quarta-feira, os estudantes acreanos já poderão contar com um Campus Politécnico em Rio Branco, além de verem dobradas suas chances de inserção no curso de Medicina desta Universidade.
Estes e outros assuntos foram tratados com três secretários e seus diretores de área, um staff completo do Ministério que garantiu a implementação e o imediato encaminhamento dos pedidos acatados na audiência.
Recebidos pelo secretário executivo, José Henrique Paim, secretários Luis Cláudio e Eliezer Pacheco, Sibá Machado e os representantes das instituições públicas de ensino superior do Acre, Vice-reitor da Ufac, Pascoal Muniz e reitor do Ifac, Marcelo Minghelli, vêem no resultado da audiência o coroamento do esforço e da vontade coletiva de verem atendidas as necessidades dos estudantes e do novo momento econômico vivido pelo Acre.
O Campus Politécnico (um centro que concentrará os cursos das “Engenharias”) visa fortalecer a iniciativa pública e privada e vem ao encontro dos novos investimentos em todos os setores da economia acreana nos últimos anos.
O Centro focará na formação e capacitação de profissionais em Engenharia Civil, Elétrica, Mecânica, Química, Ambiental, Energia, Produção e Tecnologia da Informação bem como Arquitetura e Desenho Industrial para atuar na Região Amazônica, pretendendo assim estimular o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas e ajudar na fixação de profissionais na Amazônia, um dos grandes problemas enfrentados na Região e também assunto debatido na audiência.
Outro grande projeto em processo de instalação no Acre, e que somará com o Campus Politécnico é o projeto do Centro de Excelência de Pesquisa em Energia do Acre (CEEAC), projeto da Eletrobrás e de outras empresas nacionais e estrangeiras que decidiram instalá-lo na UFAC diante do desafio de fomentar a formação de profissionais qualificados para atuarem na área de pesquisa e desenvolvimento.
A intenção é de integrar as ações dos dois Centros. Outro fator preponderante para a instalação do Campus é a questão do preenchimento do vazio na Amazônia na área de formação e capacitação de profissionais nas Engenharias, questão já identificada, discutida e priorizada pelo Governo Federal.
Para Sibá Machado, “dentre tantos desafios postos pelo governo do Acre como pela política de desenvolvimento do governo federal, entendemos ser de extrema importância criar o Campus Politécnico de Rio Branco visando dar suporte ao conjunto de todos os projetos de cunho social e econômico em andamento no Acre”.
Acrescenta ainda que todos os avanços e os investimentos realizados pelos governos estadual e federal, bem como a construção da via que consolida a saída para o Pacífico, abrem novas perspectivas econômicas, pois leva à integração total com países vizinhos, o que demandaria ainda mais qualificação de quadros diante da potencialização do comércio na tríplice fronteira. Sibá Machado lembra também, neste contexto, da importância estratégica do Campus da Ufac, a ser implantado no Alto Acre.
Referente ao aumento do número de vagas no curso de Medicina da Ufac, trata-se na verdade de uma troca de pedidos. A idéia inicial que embasava o pedido ao MEC, era de que fosse implantado um curso de Medicina no Ifac, a fim de atender a enorme demanda na formação destes profissionais no Estado.
Esbarrando em questões legais, visto que o Ifac é um centro de formação técnica, foi colocada a proposta de, ao invés de se criar um curso de Medicina no Ifac, dobrar-se as vagas no curso já existente da Ufac.
Desta forma, ao invés de quarenta vagas, a Ufac passaria a ofertar oitenta, equivalente a implantação de um novo curso. Outro assunto em destaque na audiência, foi o fortalecimento e o apoio para a implantação do Campus do Alto Acre, com sede em Brasiléia, prontamente atendido pelos secretários. (Assessoria)
