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Eletricitários voltam a parar por 48 horas

Os trabalhadores da Eletrobras, que engloba a Eletroacre (distribuição) e Eletronorte (geração), cruzaram os braços por 48 horas. “Queremos um ga-nho real de 4,07%, além das pautas específicas”, disse o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, durante ato público realizado na manhã de ontem (20). A direção da holding  apresentou uma proposta de 6,51%, que repõe apenas as perdas salariais acumuladas no último período.

A greve, que acontece em todo país, foi deflagrada depois da frustrada tentativa de negociação, em Brasília, naquilo que seria a 4ª rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho com a direção do conglomerado holding. Após o cancelamento da reunião, o Comando Nacional dos Eletricitários (CNE) redigiu carta aberta à presidente Dilma Rousseff.

Nela, os eletricitários manifestam a sua indignação com o governo da presidente Dilma, que, segundo eles, não deu seqüencia aos acordos firmados na gestão anterior (Lula). “A direção do conglomerado e o ministro das Minas e Energia estão ameaçando os trabalhadores”, denuncia Jucá, revelando que já se trata de uma estratégia para intimidar os petroleiros e os bancários, que pretendem desencadear um movimento com as mesmas reivindicações.  

Jucá espera que a holding apresente ‘algo que contemple o anseio da categoria’. Ele destaca que as negociações são frutos de ‘muita luta e união’ dos eletricitários. “Já houve uma greve de 48h, e audiências em Brasília”, explicou o sindicalista, para quem acredita ser possível conseguir um aumento justo.

Ele disse, ainda, que a direção da Holding demonstra ‘intransigência’ com as reivindicações. Ela é uma junção de empresas que abrem mão de sua independência legal e se unem para constituir uma organização. Assim, formam-se trustes e cartéis pa-ra monopolizar a exploração comercial, industrial e de serviços.

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