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FIEAC: 23 anos de luta pela indústria acreana

Em sua trajetória, instituição chegou ao posto de líder do setor empresarial acreano. Mas ainda há muito a ser feito
Fieac
Ao longo de seus 23 anos, a Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) galgou cuidadosamente os degraus que a conduziram ao patamar de instituição líder do setor empresarial acreano.

Após validar e arregimentar os sindicatos representativos dos segmentos industriais locais – a princípio, eram somente cinco: Construção Civil; Madeireiro; de Panificação e Confeitaria; Cerâmico; e Gráfico – a Federação passou a existir de fato e de direito, em 7 de julho de 1988.

Atualmente, a entidade conta com 10 sindicatos filiados, o dobro do início de sua trajetória: Sincepav (Sindicato da Indústria de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem do Estado do Acre); Sincon (Sindicato da Indústria de Confecções e Correlatas do Estado do Acre); Sindigraf (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Acre); Sindmineral (Sindicato da Indústria de Areia, Argila e Laterita do Estado do Acre); Sindmóveis (Sindicato da Indústria de Móveis do Estado do Acre); Sindoac (Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Acre); Sindpan (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Acre); Sinduscon (Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado do Acre); Sindusmad (Sindicato da Indústria Madeireira do Estado do Acre) e Sinpal (Sindicato da Indústria de Produtos Alimentares do Estado do Acre).

Unidos em defesa dos interesses do setor produtivo local, os sindicatos filiados têm na FIEAC o apoio necessário para engajar e executar projetos nas mais diversas frentes a fim de fortalecer e elevar a competitividade das indústrias acreanas, estimulando o desenvolvimento sustentável do Estado.

“O setor mineral está muito feliz com mais uma conquista obtida por meio da FIEAC, que é o Procompi Mineral-Não Metálico (Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Empresas). O apoio que temos recebido tem sido de grande relevância para nos qualificar de maneira ampla”, afirmou João Paulo de Assis, presidente do Sindmineral.

ESTRATÉGIAS – Outra ação para o fortalecimento dos sindicatos é o Projeto de Desenvolvimento Associativo (PDA), executado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A estratégia visa fornecer às entidades metodologias de planejamento estratégico a fim de capacitá-las para reconhecer oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos do setor que representam. E, principalmente, ampliar as bases sindicais.

Além de módulos de capacitação de lideranças sindicais, o projeto conta ainda com o Sistema Integrado de Gestão e Arrecadação (Siga) e produziu um site para cada entidade, com a intenção de aproximá-la de seus representados e apresentá-la, da melhor maneira, a possíveis novos filiados.

Presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Estado do Acre (Sindusmad), a empresária Adelaide de Fátima participa desde o início dos módulos e é uma das mais entusiasmadas com o projeto. “Estou gostando muito”, elogia. “Espero participar de todas as ações do PDA que ainda virão e também faço questão de falar da importância desse projeto para a gestão de nossos sindicatos”, afirmou.

A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) é uma das mais recentes e promissoras bandeiras levantadas pela instituição, que conquistou adesão imediata de importantes aliados como o governo do Estado. Unidos, setores público e privado obtiveram, junto ao governo federal, autorização para construir a única ZPE brasileira com saída para o Pacífico.

As empresas que ali se instalarem terão incentivos, como isenção de impostos e contribuições federais (Imposto de Importação, Impostos sobre Produtos Industriais – IPI vinculado, Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, Finsocial e IOF); as compras no mercado interno terão as mesmas isenções de uma exportação normal (relativamente aos impostos federais); isenção do PIS-PASEP, do COFINS, do PIS-PASEP-Importação e do COFINS-Importação; carência do Imposto de Renda; e permissão de venda no mercado doméstico de até 20% da produção.

De dentro para fora
Nessa caminhada pelo fortalecimento da indústria e, consequentemente, da economia acreana, a instituição passou por profundas modificações, atualizando e modernizando seu sistema de gestão e política de relacionamentos internos e externos.

“A nossa missão se cumpre também ao abraçar a proposta de desenvolver soluções que atendam às expectativas do setor que representamos, atuando com transparência, comunicando com clareza e municiando nosso público de informações que possam amparar o desenvolvimento da indústria, dos trabalhadores e da sociedade”, explica Carlos Sasai, presidente recém-empossado.

Neste propósito, a FIEAC avançou, ainda com mais velocidade nos últimos anos, em questões internas cruciais que refletiram na sua boa imagem e credibilidade perante a comunidade, os poderes públicos e o próprio setor produtivo.

Entre elas, destacam-se a política de valorização dos colaboradores – com o Plano Gestor de Desenvolvimento Humano do Sistema Indústria; a recertificação ISO 9001 – atestando que a instituição mantém o nível exigido para excelência do sistema de gestão; investimento em Tecnologia da Informação; elaboração de pesquisas (Indicadores Industriais, Sondagem Industrial, Cesta Básica de Materiais de Construção e Indicadores do Nível de Emprego na Construção Civil) que apontam tendências de mercado; e o Planejamento Estratégico Integrado – que reflete uma visão do futuro da indústria e do Acre, apontando o posicionamento no cenário competitivo.

Assim, tem sido possível, de maneira eficiente e eficaz, articular e formular agendas de desenvolvimento e modernização que atendam de maneira coesa os multissetores produtivos locais. Com este foco, a FIEAC criou alguns instrumentos de mobilização empresarial, a saber:

Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre; Agenda Executiva, documento que expressa a visão da indústria sobre o crescimento do Acre e o compromisso da classe empresarial, entregue a candidatos ao cargo de chefes do Executivo Municipal e Estadual no período eleitoral; e Agenda Legislativa, em parceria com a CNI, para abrir o diálogo com a Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores sobre os impactos do processo legislativo na atividade industrial e economia local.

“Suceder todas essas pessoas que trabalharam incansavelmente para que a FIEAC passasse a ser respeitada perante os poderes públicos, mídia e sociedade, será uma tarefa extremamente difícil.

A instituição empenhou-se muito para hoje ser protagonista nas discussões estaduais e na formulação de políticas públicas. Mas, posso garantir que aprendi muito com os presidentes anteriores, sobretudo a dar o melhor de mim para que a FIEAC nunca retroceda, mas, sim, alcance conquistas cada vez mais audaciosas. Só temos 23 anos, portanto, há um longo caminho ainda a ser percorrido”, finalizou Carlos Sasai. (Assessoria FIEAC)

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