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Governo apresenta alternativas para o avanço de políticas para mulheres

A visita ao Vale do Juruá durou 3 dias. A secretária da SepMulheres, Concita Maia levou uma equipe para verificar as necessidades e apresentar as ações da secretaria. Na comitiva a coordenadora de Inclusão Sócio-Produtiva, Maria das Dores Miranda, a assessora Política, Rita Batista e a coordenadora do departamento de Direitos Humanos, Joelda Pais.

O trabalho começou nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves onde foram desenvolvidos ações dos três eixos principais do plano de ação da SepMulheres: Inclusão Sócio-Produtiva, Transversalidade e Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

O Juruá é uma das cinco regionais do Estado conhecido pela dificuldade de acesso, questão que vem sendo trabalhada com intensidade nessa gestão. No entanto, os mais de 120 mil habitantes do Juruá, que contempla a segunda cidade mais populosa do Estado, muitas vezes reivindicaram atenção. Nessa região há particularidades como 43% da população estar localizado em zona rural e possuir 11 terras indígenas.
Essa é uma proposta de desenvolvimento das políticas públicas por meio de processos dinâmicos e democráticos, que têm, segundo pesquisas, evidenciando-se como eficiente, pois apresenta produtos adequados às realidades locais.

Geração de Renda – O desenvolvimento econômico está aliado ao desenvolvimento social. E o trabalho de inclusão Sócio-Produtiva constrói alicerces por meio da economia solidária. Mulheres que vivem em vulnerabilidade social vão conhecer oportunidades, outros trabalhos desenvolvidos no seu município e se empoderam do processo, revertendo sua situação inicial.

“Reunimos e ouvimos muitos grupos. E falamos sobre a necessidade de se organizar e produzir, para assim cada uma poder sustentar seus filhos com dignidade, se valorizar e inserir no mercado de trabalho”, explica a coordenadora do departamento de Inclusão Sócio-Produtiva, Maria das Dores. A intenção é capacitar, organizar e apoiar trabalhadoras em ca-deias produtivas locais.

Além do contato com as representantes locais, foram vistos exemplos das produções e conhecidas as dificuldades dos grupos. Muitos encaminhamentos foram trazidos para serem aprimorados com parce-rias entre diferentes secretarias de Estado. O objetivo é auxiliar no sucesso do trabalho local, para crescimento social e econômico e valorização da mulher.

Violência contra a Mulher – Muitos afirmam que o Acre possui uma cultura machista. Mas o país vive uma situação delicada de agressão (física e psicológica) contra a mulher. O rompimento com procedimentos históricos de desvalorização da mulher é um trabalho cultural complexo, mas antes que esse processo se conclua são necessárias ações imediatas para essas que são vítimas. Por isso, existe o Pacto Nacional de Enfrentamento a Violência contra a Mulher, o Pacto Estadual, Políticas Públicas, Redes e Campanhas.

Para dar apoio e padronizar um atendimento para uma mulher nessa situação, foi lançada, na última semana a Rede Reviver do Juruá, que combate a violência doméstica e sexual. “Quando se trata de violência sexual o procedimento padrão sugere que o primeiro lugar a que essa vítima deve ser encaminhada é a maternidade, porque lá vai ser possível ela ser avaliada, tomar a ‘pílula do dia seguinte’ e vacinas. Após priorizar sua saúde, ela segue com os procedimentos legais”, explica a coordenadora do Departamento de Direitos Humanos da SepMulheres, Joelda Pais. Em Rio Branco, existe uma rede similar, a Reviva [Rede de Cuidados no Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de Rio Branco].

“Enquanto estávamos no Juruá lançando a Rede e conhecendo a Casa Abrigo do Juruá e o Centro de Referência Vitória Régia, a gente ouvia daquelas mulheres sobre um assassinato que houve no outro dia, em que o marido matou a mulher por ciúmes e depois se suicidou. Nós vemos na prática, o quanto é importante ter dispositivos que amparem mulheres”, comenta Joyce Pedrosa, coordenadora da Casa Abrigo.
Para Rita Batista esse tipo de contato com as comunidades de regiões mais afastadas é de fundamental importância. “Conseguir solidificar laços e ações nos move cada vez mais. Outras viagens como essa estão planejadas. A SepMulheres tem a intenção de visitar todas as regiões”, comentou Rita.

“Essa visita ao Vale do Juruá é muito positiva. Precisávamos mostrar o que já fizemos e saber o que temos de fazer naquela região. Voltamos com demandas e encaminhamentos, e estamos revigoradas. Agora poderemos conhecer os esforços locais, os incentivos e os sonhos das mulheres do Juruá”,  finalizou Concita Maia. (Assessoria)

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