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Governo não participa de reunião e continua o indicativo de greve

O Governo do Estado não enviou representantes para a reunião proposta por 9 sindicatos, marcada para ontem, no auditório da Assembléia Legislativa. O convite foi enviado na sexta passada, também para a Aleac. O deputado Elson Santiago, presidente da Casa, e o líder do governo, deputado Moisés Diniz, foram os únicos a comparecer à reunião. Eles se comprometeram a intermediar um novo encontro com a equipe de negociação do governo. Uma reunião foi sugerida para a parte da tarde e mais uma vez os sindicatos ficaram sem resposta. A manifestação prevista para hoje, às 8h, em frente à Aleac, está mantida.
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Os sindicatos unidos representam os trabalhadores da Saúde e militares. Eles defendem novo debate sobre a pauta econômica e não concordam com a oferta feita pelo governo: de conceder reajuste linear de 20% a todos os servidores em quatro parcelas de 5% em julho e dezembro deste ano, e julho e dezembro de 2012. Os trabalhadores alegam que os índices inflacionários dos anos de 2011 e 2012 não estão inseridos no reajuste apresentado pelo governo e acreditam que é possível avançar na negociação.

“O Acre tem um governo democrático e achamos que podemos ter as reivindicações atendidas. Não estamos em greve ainda”, diz o presidente do Sindicato dos Médicos, José Ribamar.

O deputado e líder do governo na Assembléia, Moisés Diniz (PCdoB), propôs intermediar a realização de uma nova reunião entre governo e sindicatos, dividindo-os por categoria, sugestão contestada pelas entidades.

Abraão Púpio, da Associação dos Soldados do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar diz que os sindicatos só concordam negociar em conjunto o reajuste de 21,5% e pautas específicas. “Isto enfraquece o movimento, divide os trabalhadores. Esta estratégia é tudo o que as classes não querem”, prega. 

A paralisação de hoje afeta os serviços de saúde, que funcionarão só com atendimentos de emergência. Os militares fazem operação padrão, seguindo as leis que determinam os serviços essenciais para o setor.

Auditores fiscais antecipam manifestação e param um dia – Os auditores fiscais também não concordam com o reajuste de 20% apresentados pelo governo e paralisaram suas atividades desde ontem, para tentar sensibilizar o poder público a discutir o realinhamento salarial. Segundo o Sindfisco, o salário dos auditores do Acre é o pior da região Norte.

“É metade do que é pago aos trabalhadores do fisco de outros estados. Queremos que estes 20% entrem em plano de recomposição dos salários ao longo do período, mas é preciso negociar”, justifica o presidente do sindicato Gielson Coelho, alertando para a necessidade de nomear pelo menos mais 10 auditores para atender a demanda. O Acre tem hoje 130 auditores pra atender todo Estado.

 

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