A paralisação de 24h dos professores da Ufac e do Colégio de Aplicação deixou ontem (5) as turmas de alguns cursos da instituição sem aulas. No entanto, o movimento não causou danos a longo prazo ao calendário de nenhuma disciplina. O manifesto foi uma escolha da categoria (votado em assembléia geral), em adesão à corrente nacional pela criação de um plano de carreira em prol do docente. Quase todos os estados do país aderiram à mobilização.
Na Ufac, o ato reuniu um pouco mais de 100 docentes (dos 500 sindicalizados) na guarita de entrada, das 7h às 9h30 da manhã. Organizados pelo seu sindicato (Adufac), os professores empunharam faixas e cartazes, além de distribuir o informativo nacional da campanha.
Conforme o presidente da Adufac, Eduardo Holanda, a idéia do Dia Nacional de Luta foi mostrar a união da classe durante a reunião entre o seu sindicato nacional e o Ministério de Orçamento, Planejamento e Gestão. Inicialmente, tal encontro estava agendado para ontem, mas teve de ser adiado para esta quarta (6). Nele, o sindicato nacional apresentará as pautas de reivindicações à União, que avaliará a viabilidade de concedê-las ou não.
As principais pautas dos professores universitários são: a criação imediata de um Plano de Carreiras; estipulação de uma Data Base pra negociar reajustes salariais; mais recursos às universidades; reposição salarial referente a junho de 2010 até julho de 2011; paridade salarial entre ativos e inativos; e vinculação de colégios de aplicação às universidades.
Greve de servidores continua – Se a paralisação dos professores não causou tantos impactos, a dos servidores, por outro lado, já está deixando os alunos da Ufac impacientes. Com mais de 30 dias de greve, alguns dos estudantes estão sem aulas há muitos dias. Além do que, a universidade está sem o famoso Restaurante Universitário (RU), sem biblioteca e sem atendimento em geral. E o pior, é que não há previsões de quando ela termina. A reunião com o ministério de hoje também deve tratar da greve desta categoria.