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Plano de combate às queimadas quer ter o envolvimento de toda população

Com exceção da região do Vale do Juruá está proibido promover queimadas em todo o Estado do Acre a partir de agora. A determinação de suspender as licenças para queimadas consta no plano integrado de prevenção, combate e controle de queimadas e incêndios florestais traçado para 2011 que será lançado nesta segunda-feira, 18, pelo governador Tião Viana como medida para evitar que ocorra o mesmo cenário de 2005 quando, durante o período de estiagem das chuvas, a situação ficou fora de controle chegando a exigir procedimentos urgentes de intervenção.

Naquele ano, quando aproximadamente 400 mil hectares de florestas foram atingidos no leste do Estado, instituições do âmbito dos três poderes se uniram para desenvolver ações emergenciais de controle e combate às queimadas urbanas e incêndios florestais que se mantêm ainda hoje com os ajustes necessários. Mas o trabalho conjunto de 26 instituições não é suficiente para garantir que os focos de calor registrados naquele ano não se repitam e por este motivo o Governo do Estado intensificará uma campanha para que a população se envolva nas atividades como “agente ambiental em potencial”, contribuindo com a difusão de informações e como fiscais.

Criada em 2008 para coordenar as ações, a Comissão de Gestão de Riscos Ambientais do Acre (CEDdRA) já ativou a sala de situação com o objetivo de propor e avaliar programas e atividades relativas às queimadas, identificar demandas relacionadas à gestão de riscos, promover educação e capacitação, estruturar e fortalecer e integrar à sociedade nesta problemática, prover dotação orçamentária, entre outros.

Em toda a região amazônica, área de especial preservação, o fogo ainda é um dos principais recursos usados para a limpeza de roçados e formação de pastagens. O impacto dessa prática milenar que faz parte da cultura dos habitantes da região é devastador e implica na destruição da biodiversidade, redução da qualidade do ar, aumento de risco de acidentes nas rodovias, afetando também o tráfego aéreo. A Amazônia que apresenta umidade relativa do ar em torno de 80% chega a registrar no pe-ríodo de seca até 30%, como aconteceu em 2005 no Acre.

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