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Professores da Ufac podem deflagrar greve em agosto

Os professores das universidades federais podem entrar em greve por tempo indeterminado, a partir de agosto, quando se inicia o segundo semestre. Os professores reivindicam 14% de reposição salarial, abertura de vagas para professores, mais investimento em pesquisa e extensão, além de uma política de valorização das universidades públicas. “Estamos esperando uma mobilização nacio-nal para nos posicionarmos”, disse o vice-presidente da Associação dos Docentes do Acre (Adufac), Aroldo Campos.


No começo deste mês, foi deflagrada uma campanha unificada dos servidores públicos federais. As manifestações, que aconteceram, em vários campus universitários no último dia 5, marcaram também o Dia de Luta e Mobilização em prol da proposta de carreira docente defendida pela federação nacional da categoria, a Andes.

Apesar de existir um clima favorável para o desencadeamento do movimento grevista, apenas os professores da universidade federal de Tocantins estão realizando manifestações, dentro e fora do campus, com panfletagem, debates e assembléias. Os professores e técnico-administrativos chegaram a fechar os portões do campus de Palmas.

A federação dos professores e as outras entidades decidiram ainda lançar a campanha ‘10% do Produto Interno Bruto (PIB)’ para a ‘Educação Já!’ por considerarem urgente a construção de unidade na luta para enfrentar o problema da falta de financiamento condizente com a promoção da educação de boa qualidade para toda a população brasileira.

Depois de 48 dias, servidores da Ufac decidem suspender greve
JORGE NATAL

Em assembléia geral realizada ontem, no Anfiteatro da Universidade Federal do Acre, os servidores do quadro administrativo da instituição decidiram suspender a greve, deflagrada há 48 dias. Segundo o comando nacional, os ministros do Orçamento e Gestão, Paulo Bernado, e da Educação, Fernando Haddad, assinaram um documento no qual se comprometem em negociar com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).  

O presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos do 3º Grau (Sintest), Ademar Sena, que estava em Brasília, numa comissão de sindicalistas à procura de apoio de deputados e senadores, vislumbra a possibilidade de um acordo. “Parece que a intransigência do Governo Federal está chegando ao fim”, disse ele, afirmando que até aquele momento os canais de negociação estavam fechados.  

Em maio, os servidores pararam durante 48h, bloqueando a entrada da universidade, em adesão ao movimento nacional e em luta por direitos dos servidores. Outra paralisação marcou a participação da categoria na mobilização nacional, abrindo a discussão sobre projeto de Lei Complementar nº 549, que poderá congelar salários por 10 anos. O movimento grevista é de cunho nacional e reivindica a reposição de perdas salariais que atingem, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos e Estatísticos (Dieese), em torno de 15%.

Os servidores querem também um ganho real de 5%, revisão do Plano de Cargos Carreia e Remuneração (PCCR), o fim da terceirização dos serviços, realização de mais concursos públicos para o provimento de cargos, pagamento de insalubridade e dos vencimentos básicos comprovados, além de exigirem mais investimentos em ensino, pesquisa e extensão.  

Os sindicalistas reivindicam que o piso da categoria seja reajustado em 3 salários mínimos, e abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. De acordo com a Fasubra, o salário atual dos servidores é de  R$ 1.034.

 

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