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Reforma de pastagens é tema de curso para produtores do Juruá, no Acre

Nos dias 12 e 13 de julho de 2011 a capacitação acontece no município de Feijó, com aulas práticas na fazenda Bela Vista e, nos dias 14 e 15, em Cruzeiro do Sul, com atividades práticas na fazenda Boi Forte. O curso será realizado em atendimento a demanda tecnológica identificada a partir de estudo focal sobre a pecuária no Acre, realizado pela Unidade, em novembro do ano passado.

Produtores, extensionistas e profissionais envolvidos no gerenciamento de fazendas poderão aprender sobre planejamento da reforma de pastagens, seleção de forrageiras, correção e adubação do solo, técnicas para preparo do solo e plantio de gramíneas, manejo de pastagens, controle de plantas daninhas e sobre o custo das diferentes modalidades de reforma.

O evento conta com a parceria do gabinete do deputado federal Henrique Afonso, secretarias municipais de agricultura, Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar do Acre (Seaprof), Laticínio Nutri e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

A degradação de pastagens é um fator limitante da atividade pecuária na Amazônia. O problema se agravou a partir da década de 1990, com a síndrome da morte do capim braquiarão, devido à pouca adaptação dessa gramínea a solos de baixa permeabilidade, característicos da região. Como conseqüência, os pastos infestados por capim-navalha (planta invasora de difícil controle), reduziram a capacidade de suporte, refletindo em perdas na produtividade do rebanho.

De acordo com o pesquisador Carlos Maurício Andrade, instrutor do curso, fatores como manejo inadequado, perda da fertilidade do solo, ocorrência da cigarrinha-das-pastagens e pastejo contínuo em capins de touceira também estão entre as principais causas da degradação de pastagens no Acre.

No Acre existem cerca de 500 mil hectares de pastagens com algum sintoma de degradação. O problema afeta 20 mil criadores de gado em todo o estado, em sua maioria pequenos produtores com baixo nível tecnológico nas propriedades.

No Juruá, algumas localidades, como Feijó, por exemplo, apresentam solos bastante acidentados e isto dificulta o processo de reforma de pastagens.

Segundo Andrade, essas peculiaridades exigem técnicas diferenciadas de reforma, em virtude da impossibilidade de mecanização. Além disso, as dificuldades de acesso à região elevam os custos dos insumos, restringindo a adoção de técnicas convencionais. (Ascom Embrapa Acre)

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