Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Servidores da Ufac decidem continuar greve

Em assembléia geral realizada ontem, no Anfiteatro da Universidade Federal do Acre (Ufac), os servidores do quadro administrativo da instituição decidiram manter a greve, deflagrada há 40 dias. Uma comissão de sindicalistas foi à Brasília pedir apoio de deputados e senadores. “Queremos que eles intercedam junto ao Governo Federal”, disse o presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos do Terceiro Grau (Sintest), Ademar Sena.  Os professores também ameaçam deflagrar uma greve, o que impediria o início do próximo semestre.

No mês de maio, os servidores pararam durante 48 horas, bloqueando a entrada da universidade, em adesão ao movimento nacional e em luta por direitos dos servidores. Outra paralisação marcou a participação da categoria na mobilização nacional, abrindo a discussão sobre projeto de Lei Complementar nº 549, que poderá congelar salários por 10 anos. O movimento grevista é de cunho nacional e reivindica a reposição de perdas salariais que atingem, segundo cálculos do De-partamento Intersindical de Estudos Econômicos e Estatísticos (Dieese), em torno de 15%.

Ainda segundo Ademar Sena, os servidores querem também um ganho real de 5%, revisão do Plano de Cargos Carreia e Remuneração (PCCR), o fim da terceirização dos serviços, realização de mais concursos públicos para o provimento de cargos, pagamento de insalubridade e dos vencimentos básicos comprovados, além de exigirem mais investimentos em ensino, pesquisa e extensão.  

Mais de 40 universidades federais aderiram à paralisação. O movimento grevista ainda não tinha conseguido se reunir com o Ministério do Planejamento para que as negociações fossem retomadas. O impasse já prejudica os estudantes e pode colocar em risco o calendário universitário. “Estamos fazendo uma greve forte e unificada, mas com responsabilidade”, garante Sena, assegurando que 30% do efetivo estão em atividades.  

Os sindicalistas reivindicam que o piso da categoria seja reajustado em três salá-rios mínimos, não obstante à abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. De acordo com a federação nacional da categoria (Fasubra), o salário atual dos servidores recebem R$ 1.034.

Sair da versão mobile