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Sem fiscalização, camelôs aumentam no Centro da cidade

Depois da prisão da chefe dos fiscais da prefeitura, Maria do Socorro Albuquerque, e do presidente do Sindicato dos Camelôs, José Carlos Lima, o Juruna, no começo de junho, aumentou o número de camelôs na região central da cidade. Em especial, no Calçadão da Rua Benjamin Constant.
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Nesse sentido, o setor de fiscalização passa por reestruturação desde o final da Operação Rapa, desencadeada pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado. O setor também realiza o recadastramento das pessoas que possuem autorização legal para permanecer na área.

O atual coordenador de espaço público, Marcos Café, explica que parte dos documentos da seção consta nos autos da investigação. Por tal motivo, não é possível ter, com exatidão, o número de permissões. Ele conta que a partir da próxima semana será feita uma triagem dos camelôs com autorização provisória para comercializar seus produtos no Centro, entre o Colégio Acreano e a Rua Quintino Bocaiúva.

O levantamento poderá beneficiar pessoas como Antônia Ligiomar. Ela trabalha há 10 anos com este tipo de comércio. Desde o fim do ano passado espera a definição de um lugar fixo pra vender seus produtos.

“Quando a OCA foi inaugurada, saímos ali do final da rua. Disseram que seria por 2 dias e ainda estamos aqui”, diz Ligiomar, reconhecendo que no período de Natal o volume de camelôs era muito maior.

Ela lembra que no início da ocupação, cerca de 70 pessoas cadastradas dividiam o local, mas muitos desistiram. “É muito cansativo montar e desmontar a banca, faça sol ou chuva”.

Permissionário de box cadastrado na prefeitura, Gilmar Maia, que está no local também há 10 anos, paga uma taxa mensal de R$ 47,80 e diz que a concorrência não incomoda.

Já para Maria da Conceição Rodrigues, a quantidade de vendedores atrapalha um pouco a passagem dos pedestres,  mas diz que não chega a incomodar. “Toda cidade tem esse tumulto no Centro”, diz.
A prefeitura mantém projeto para a construção de 2 galerias populares perto do Terminal Urbano para comportar os ambulantes e camelôs. Ainda não há data definida para a construção dos espaços.

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