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Dossiê China: Monitoramento na web rastreou a especulação

O atual sub-secretário de Florestas, Carlos Ovídio, foi quem descobriu a especulação em torno das áreas de florestas do Acre na Bolsa de Valores de Hong Kong. Em 2010, Ovídio respondia pela pasta da Secretaria de Florestas e identificou o problema por meio de monitoramento rotineiro que faz na rede de computadores. “Mandei para a ‘holding’ chinesa explicando que todas informações que circulavam, na Bolsa de Hong King eram falsas”, lembra Ovídio.

As especulações fazem parte do mundo corporativo. É uma ciranda natural no mercado financeiro. O caso acreano expõe uma fragilidade que a gestão pública deve ficar atenta para ela. No caso das florestas acreanas, “por sorte”, como lembra Ovídio, foi identificado o problema e a reação do Governo foi rápida.

Mas, caso não seja identificado, a reação à “bolha especulativa” fica cada vez mais difícil. “Não existe mecanismo de punição no caso desses”, esclarece o sub-secretário de Florestas, antes de justificar que “não houve prejuízos aos cofres públicos”.

A especulação – O grupo chinês Sustainable Forest Holdings Limited (Susfor) usou informações falsas para captar recursos de investidores na Bolsa de Hong Kong: aquisição de terras com florestas certificadas no Acre e aquisição da indústria laminados Triunfo (que, segundo o grupo chinês, teria acesso às concessões florestais do Acre). Um documento repassado para os acionistas “Conference Press” informava que toda área de floresta do Acre era certificada. Na realidade, somente 10% do território estão nessas condições.

Com informações falsas, as ações poderiam ter sido valorizadas na bolsa. O que evitou o problema foi a reação rápida do Governo do Acre por meio da internet.

 

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