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Moisés Diniz denúncia a radicalização e a politização do movimento sindical

O líder do governo, Moisés Diniz (PCdoB), está contrariado com os rumos que alguns sindicatos querem dar para as negociações salariais do funcio-nalismo estadual. Ontem, subiu à tribuna para protestar contra algumas situações. Na opinião dele, a greve marcada por alguns sindicatos para a próxima terça-feira é desnecessária já que o Governo continua a dialogar com todas as categorias. “Desde que estou na luta política e sindical nunca se dialogou tanto. Já são mais de dois meses de reuniões em busca de acordos com os vários sindicatos”, ressaltou.
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Para Moisés Diniz o pequeno movimento reivindicatório que aconteceu durante a semana não é significativo. “Vale lembrar que dos 42 mil funcioná-rios, 33 mil já chegaram a um acordo. Faltam os Bombeiros e a Polícia Militar e a Saúde. Haverá negociação hoje com a Saúde e na segunda com a PM e os Bombeiros. Mas não entendendo como se faz um movimento com apenas 150 pessoas em que deputados eram vaiados tratando de assuntos que não tinham nada a ver com aumento salarial. Um clima radical comandado pelo açougueiro Rui Birico que não é funcionário público. Aquilo me assustou e me lembrei da politização de outros tempos”, recordou.

Segundo ele, está na hora de pensar na votação da Lei que garante o aumento de 20% para todas as categorias. “A gente deve dialogar com tranqüilidade. As negociações estão acontecendo para que a gente traga para a Aleac a Lei que definirá o aumento de 20%. Quando se politiza e partidariza não se chega a um acordo dentro das condições econômicas do Estado. Estamos abrindo janelas para outras si-tuações. Existe a questão da alimentação e o risco de vida para os policiais e bombeiros. Na Saúde tem o debate sobre a insalubridade que é possível avançar. Portanto, o Governo continua dialogando e tenho fé que na próxima semana a gente encerra essa negociação”, garantiu.

Outro ponto questionado pelo parlamentar são as associações e novos sindicatos que estão surgindo a cada dia. “A Saúde, por exemplo, que ainda não fechou o acordo tem mais de cinco sindicatos. Além disso, está surgindo associações como a dos radiologistas. A cada dia se cria mais associações e sindicatos que fragilizam o movimento, dispersam as bandeiras e prejudicam as negociações tanto dos trabalhadores quanto do Governo. Tive uma conversa com os dirigentes da Saúde para a gente construir o consenso”, explicou.

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