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Moisés Diniz intermedia reabetura de negociações entre servidores e governo

Os acordos firmados, na Aleac, na quarta-feira, com funcionários da Saúde, Polícia Militar e Bombeiro pelo líder do governo, Moisés Diniz (PCdoB) não surtiram o efeito desejado. O processo esbarrou numa reunião dos sindicalistas com o assessor Francisco Nepomuceno, o Carioca, que teria descartado o entendimento feito na Aleac.

Ontem, Moisés Diniz voltou a conversar com os grevistas no intuito de reabrir as negociações. “Sugeri que cheguem à mesa aceitando os 20% oferecidos pelo Governo e construindo uma agenda de novas conquistas às categorias para os que estão mais embaixo. O encontro será com os assessores Antonio Monteiro, Carlos Alberto e o Gilvandro Assis e, depois se desmembrará para os dirigentes de pastas: os coronéis e a secretária de Saúde”, relatou.

O fator Carioca
Indagado se a nova configuração de negociadores significaria o afastamento do Carioca das mesas de negociação, Moisés respondeu: “o Governo não retirou o Carioca, mas os sindicalistas reconhecem que houve um estremecimento de relações. O Carioca tem sido o negociador porque tem a memória daquilo que aconteceu com todas as categorias. Considerando esse estremecimento estamos colocando outros negociadores. Portanto, não há vitória de ninguém, porque os sindicalistas querem é a negociação para se ter paz no Acre”, argumentou.

Por outro lado, o líder da oposição, deputado major Rocha (PSDB) comemorava a nova configuração de negocia-dores governistas. “Vejo que pela primeira vez o Governo acertou tirando uma pessoa que estava levando as nego-ciações para o campo pes-soal, destratando o servidor público e, ao invés de resolver estava gerando um novo conflito. Espero que ele não venha gerenciar o processo nos bastidores para que o diálogo possa avançar e o Governo também ganhe. O Carioca gerou um desgaste muito grande que será minimizado com a sua retirada do cenário e o avanço nas negociações”, salientou.

Governo nega a saída de Carioca do processo
A assessora de imprensa do governo, Andréia Zílio, explicou as razões de Carioca não participar da nova rodada de encontros. “Na negociação salarial com os sindicatos, o Carioca continua sendo o líder. A questão é que essas conversas já foram realizadas e a postura do governo é conceder os 20%, fruto de um esforço do governador Tião Viana. Agora, partimos para uma outra etapa com os sindicatos da Saúde e Militares, que são pautas específicas e não salariais”, argumentou.

Governo envia projetos de lei concedendo o reajuste salarial para mais categorias

Nesta sexta o governador, Tião Viana, encaminha à Aleac, os projetos de lei concedendo o reajuste salarial de 20% à todas as autarquias e fundações estaduais, bem como da Procuradoria Geral do Estado, Controladoria Geral do Estado, Defensoria Pública e dos servidores abrangidos pelo Sindicato da Administração Direta (Seplam, Sefaz, SGA, Seds, SEF, Seaf, Sema, Sejud, Setul, Seop, Sehab, Sai, Seaprof, Sedict, Secom e Gabinete do vice-governador).

O reajuste será pago já no mês de julho, em sua primeira parcela, colaborando junto com a antecipação do 13º salário, com um incremento real no salário do servidor público e na economia local.

Na próxima segunda-feira, será publicada a lei votada no último dia 5, que favorece a categoria de profissionais da Educação, Polícia Civil e Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), fato que impulsionará o início da folha suplementar para o pagamento em julho. O governo espera acontecer o mesmo com as demais leis a serem submetidas à aprovação na próxima semana, por conta do recesso da Aleac, no dia 15 de julho. (Agência Acre)

Categories: POLÍTICA
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