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PSD se reúne para acelerar a criação do partido e para rever decisão no Senado

Preocupados com as investidas dos adversários, políticos que tentam fundar o PSD estão se mobilizando para dar agilidade ao processo de criação do partido. Numa grande reunião realizada na quarta à noite, em Brasília, na casa do deputado federal paulista Guilherme Mussi (de saída do PV), representantes de 20 Estados fizeram uma prestação de contas ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, dizendo como está a montagem da sigla.

O encontro reuniu 53 deputados federais, o governador do Amazonas Omar Aziz (PMN), os vice-governadores Otto Alencar (PP), da Bahia, e Rômulo Gouveia (PSDB), da Paraíba, o senador Sérgio Petecão (PMN), do Acre, além de outros líderes estaduais da legenda em formação.

Os advogados do partido tentaram tranquilizar os integrantes sobre a situação jurídica do PSD, mas pediram celeridade para que o processo de registro nos cartórios municipais seja feito até 30 de julho.
“A morosidade assusta e alguma liderança pode deixar de vir, se não dermos agilidade”, afirma Petecão.

Durante a reunião, foi feita a contagem das assinaturas de apoio à criação do partido. O PSD precisa de 482 mil, recolhidas em pelo menos nove Estados, e o total já ultrapassa 1 milhão de nomes. A existência de assinaturas de pessoas mortas, porém, tem sido denunciada e incentivou o DEM – partido mais prejudicado com migrações para o PSD – a deflagrar uma “guerra jurídica” que questiona a veracidade dos apoios à sigla.

A reunião ocorreu no mesmo dia em que o novo partido sofreu um revés no Congresso. Na quarta, numa votação no Senado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou um projeto de lei que pune com perda de mandato quem trocar de legenda para fundar um partido.

“O processo estava fluindo bem, mas vacilamos. Não chamamos nossos aliados para a votação e eles se aproveitaram”, lamenta Petecão.

O senador já recolheu 11 assinaturas de colegas da Casa para que o projeto deixe de ter caráter terminativo, o que o levaria diretamente à Câmara, e passe pelo plenário.

O destaque ao projeto de lei, prevendo a perda de mandato, foi apresentado pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e passou pelo placar apertado de 6 a 5, com voto de desempate de Francisco Dornelles (PP-RJ), que presidia a sessão. Dos 6 votos contrários, três foram de senadores do PMDB. (Valor Econômico)

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