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Sessão de Brasiléia gera polêmica na Aleac

Na quarta-feira à noite os deputados fizeram uma sessão em homenagem ao aniversário de Brasiléia. Mas como houve debate aberto entre situação e oposição não faltou denún-cias. Por isso, o pedido de outras sessões similares em Sena Madureira e Cruzeiro do Sul acabaram gerando confronto entre os parlamentares. A questão é se as sessões nos municípios devem ou não ter debates. No entanto, a tendência é que a mesa diretora decida sobre o assunto.

O presidente da Aleac, Élson Santiago (PP), se posi-cionou. “A sessão de Brasiléia foi muito boa e deu resultado. Estamos montando um calendário para no segundo semestre fazer sessões ordinárias em todos os municí-pios. Mas apareceu o requerimento da Antonia Sales (PMDB) para que a gente faça uma sessão em Cruzeiro do Sul nas festas de comemoração do aniversário da cidade. Agora, o deput

ado Rocha (PSDB) me pediu outra em Sena Madureira. Isso pode tirar o nosso foco. Temos que cumprir o calendário da mesa diretora fazendo debates e não sessões comemorativas”, avaliou.
Santiago garante que haverá pelo menos dez sessões no interior com debates entre os parlamentares. “Em sessões solenes não pode haver debate. Vamos fazer as sessões respeitando o nosso orçamento. Estamos pensando em ter um programa que substitua a Assembléia Aberta. Vamos prosseguir com o programa só que com outro estilo”, afirmou.

Quem levantou a denúncia em Brasiléia foi o deputado major Rocha (PSDB). “Fomos procurados por alguns produtores que trabalham com a Acreaves reclamando que ao final do ciclo de 45 dias estão tendo prejuízos. Isso caracteriza trabalho escravo. Enquanto os cooperativados trabalham estão concedendo o patrimônio público em benefício de uma entidade particular. O transporte dos trabalhadores estava sendo feito com um ônibus comprado com dinheiro público e isso é crime. Mas hoje a prefeita já retirou o ônibus”, relatou.

O deputado Astério Moreira (PRP) um dos maiores aliados da prefeita de Brasiléia Leila Galvão (PT), defendeu as sessões com debate nos municípios. “O debate é salutar à democracia mesmo no dia do aniversário da cidade. A prefeita Leila e, qualquer prefeito, tem que estar preparado. Os deputados de oposição fizeram o seu papel, nós fizemos o nosso e Brasiléia ganhou porque o município estava sem anestesista e na segunda será enviado um”, defendeu.

Quanto ao ônibus que estava sendo utilizado pela prefeitura para transportes de trabalhadores da iniciativa privada, Astério explicou: “a prefeita colocava o ônibus para ajudar iniciativas que geram empregos no município. A partir da denúncia ela entendeu que era melhor a prefeitura não apoiar mais daquela maneira. Mas é assim mesmo porque o parlamento é debate e confronto. Isso aqui não é missa e nem culto”, argumentou.

 

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