* Salve, salve 6 de agosto!
* Na versão oficial, começo da chamada Revolução Acreana.
* No dia em que o gaúcho Plácido de Castro, com seu exército de seringueiros, tomou de assalto a intendência boliviana em Xapuri.
* Numa versão mais popular, no dia em que Plácido pegou literalmente os bolivianos ainda de cuecas, de madrugada.
* E o comandante boliviano, um certo capitão Barrientos, que havia tomado todas na véspera, exclamou ao ser acordado:
* “Carajo, es temprano para la fiesta!”.
* E Plácido teria respondido: “festa coisa nenhuma. É a revolução”.
* Por ironia, no dia 6 de agosto os bolivianos também fazem festa para comemorar a independência do seu país.
* A partir deste dia, em apenas seis meses, Plácido e seu exército conquistaram o Acre da Bolívia.
* Coisa que os bolivianos não aceitam até hoje.
* Para eles, mais do que uma conquista, foi um roubo descarado, uma tunga, sobretudo, depois com as negociações diplomáticas entabuladas pelo Barão de Rio Branco.
* Por outra, não têm do que reclamar, porque seus próprios historiadores denunciam que seus governantes nunca se preocuparam com suas fronteiras.
* Sempre estiveram mais preocupados em disputas pelo poder.
* Um deles, o historiador Hernan Messuti Rivera, aqui de Cobija, escreveu em seu livro “La Dramática Desmembracion del Acre”:
* “Practicamente, los bolivianos no ejercemos nuestros derechos de soberania sobre las fronteras…”
* “…consideramos que esos territórios son nuestros y que no tenemos que mostrar nuestra presencia alli…”
* “…error garrafal que nos hizo perder el Litoral, el Acre, y el Chaco Boreal, para citar solo lãs perdidas mayores”.
* Por causa desse desinteresse, o mesmo autor diz que a Bolívia, que possuía, em sua independência mais de 3 milhões de quilômetros quadrados de superfície territorial, acabou com menos de 1 milhão.
* Esta é um pouco da história do 6 de agosto, leitor, já que por aqui também não tem lá assunto de tão mais interesse.
* Aliás, tem.
* A declaração de um assessor da presidenta Dilma, que queria dar um cargo ao ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, na Amazônia para deixá-lo por aqui, bem longe de Brasília.
* Qual é o preconceito com a Amazônia, aspone?
* A propósito, fontes do Governo não confirmam, mas também não desmentem que a presidenta faça sua primeira visita ao Acre este mês.
* Viria para inaugurar a ponte sobre o Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul.
* O Imac precisa ficar esperto. É à noite, nos finais de semana e nos feriados que os piromaníacos aproveitam para tocar fogo.
* Viva o Acre!
* Viva a Revolução!