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Gazetinhas 06/08/2011

* Salve, salve 6 de agosto!

* Na versão oficial, começo da chamada Revolução Acreana.

* No dia em que o gaúcho Plácido de Castro, com seu exército de seringueiros, tomou de assalto a intendência boliviana em Xapuri.

* Numa versão mais popular, no dia em que Plácido pegou literalmente os bolivianos ainda de cuecas, de madrugada.

* E o comandante boliviano, um certo capitão Barrientos, que havia tomado todas na véspera, exclamou ao ser acordado:

* “Carajo, es temprano para la fiesta!”.

* E Plácido teria respondido: “festa coisa nenhuma. É a revolução”.

* Por ironia, no dia 6 de agosto os bolivianos também fazem festa para comemorar a independência do seu país.

* A partir deste dia, em apenas seis meses, Plácido e seu exército conquistaram o Acre da Bolívia.

* Coisa que os bolivianos não aceitam até hoje.

* Para eles, mais do que uma conquista, foi um roubo descarado, uma tunga, sobretudo, depois com as negociações diplomáticas entabuladas pelo Barão de Rio Branco.

* Por outra, não têm do que reclamar, porque seus próprios historiadores denunciam que seus governantes nunca se preocuparam com suas fronteiras.

* Sempre estiveram mais preocupados em disputas pelo poder.

* Um deles, o historiador Hernan Messuti Rivera, aqui de Cobija, escreveu em seu livro “La Dramática Desmembracion del Acre”:

* “Practicamente, los bolivianos no ejercemos nuestros derechos de soberania sobre las fronteras…”

* “…consideramos que esos territórios son nuestros y que no tenemos que mostrar nuestra presencia alli…”

* “…error garrafal que nos hizo perder el Litoral, el Acre, y el Chaco Boreal, para citar solo lãs perdidas mayores”.

* Por causa desse desinteresse, o mesmo autor diz que a Bolívia, que possuía, em sua independência mais de 3 milhões de quilômetros quadrados de superfície territorial, acabou com menos de 1 milhão.

* Esta é um pouco da história do 6 de agosto, leitor, já que por aqui também não tem lá assunto de tão mais interesse.

* Aliás, tem.

* A declaração de um assessor da presidenta Dilma, que queria dar um cargo ao ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, na Amazônia para deixá-lo por aqui, bem longe de Brasília.

* Qual é o preconceito com a Amazônia, aspone?

* A propósito, fontes do Governo não confirmam, mas também não desmentem que a presidenta faça sua primeira visita ao Acre este mês.

* Viria para inaugurar a ponte sobre o Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul.

*  O Imac precisa ficar esperto. É à noite, nos finais de semana e nos feriados que os piromaníacos aproveitam para tocar fogo.

* Viva o Acre!

* Viva a Revolução!

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