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Que não se repita

Com a inauguração da ponte sobre o Rio Juruá e a conclusão da BR-364 até Cruzeiro do Sul em curso abrem-se novas e amplas perspectivas para aquela região e para o Estado como um todo. Uma delas, a ocupação racional às margens e no entorno de mais de 600 quilômetros de rodovia asfaltada.

O Governo do Estado já vem executando alguns projetos de ocupação, como um pólo de produção de açaí, no município de Feijó. É pouco. É preciso que surjam outros projetos agroflorestais para que os milhares de hectares de terra produtiva, localizados às margens do asfalto, não se transformem apenas em pasto, repetindo-se o que já aconteceu no passado com outras rodovias no Estado.

É preciso lembrar que ao longo dessa rodovia existem pequenos e médios agricultores, seringueiros, comunidades indígenas que, além de terem seus direitos de posse assegurados, precisam de apoio para produzir. Do contrário, acabarão vendendo suas propriedades e migrarão para as sede dos municípios provocando um novo êxodo rural, com todas as conseqüências sociais conhecidas que hoje assolam a Capital e outros municípios do Estado. 

 

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