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Celso Matheus nega crise no setor energético e detalha investimentos

O assistente da Diretoria-presidência da Eletrobras Distribuição Acre, Celso Matheus, negou que esteja havendo crise no setor elétrico acreano. Ontem, ele detalhou os investimentos do setor e sugeriu que o Acre entre imediatamente no debate de integração sul-americana no que se refere à distribuição de energia. Matheus é um entusiasta da aproximação com o Peru, via Pucalpa, que produz gás para a geração de energia elétrica.

Na conversa com Celso Mateus, percebe-se que algumas concepções já estão cristalizadas entre os técnicos do setor energético. A primeira delas é que foi um avanço para o Acre se integrar ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Por meio deste sistema, o Estado deixa de estar isolado e passa a utilizar uma energia diferente da térmica, cara e poluidora (estima-se que apenas os municí-pios do Vale do Juruá e Feijó, ainda não integrados, consumam aproximadamente 60 milhões de litros de diesel por ano).

Consumir energia via queima de óleo diesel é ruim, inclusive para a economia local. O Governo Federal estimula os estados a deixarem de usar a energia térmica com a queima do óleo diesel por meio do acesso aos Fundos Setoriais. Um destes fundos é a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que reembolsa parte dos custos da geração para unidades isoladas, não integradas ao SIN.

Outro aspecto que Matheus explica é que está sobrando energia. Ele calcula que a demanda de Acre e Rondônia, juntos, está entre 430 a 500 MW. Hoje, há oferta de até 671 MW, tendo como fonte a Usina de Samuel, Termonorte e o intercâmbio com o SIN.

Sobre o episódio ocorrido na última segunda (15), Celso Matheus foi enfático. “É injustiça afirmar que a Eletronorte não faz a manutenção devida”, defende. “Eles trabalham com manutenção preventiva e são referência nisso”. Ele admite que há uma urgência: a construção de mais uma subestação, que deve ser edificada no entorno da UPA do 2º Distrito, intitulada ‘Taquari’. Ainda não há data certa para o início das obras.

Os problemas pontuais no processo de liberação das obras do 2º Linhão, para Matheus, serão superados. “A obra vai sair”, sentencia. “É questão de tempo”.
Na edição deste domingo do suplemento Acre Economia, será mostrado um quadro geral de como está o setor da energia no Estado e quais as impressões que a classe empresarial tem do setor energético na região.

 

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