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Dia do Bancário: Categoria comemora seis décadas pressionando os banqueiros por reajuste

Passado mais de meio século de lutas e conquistas os bancários já estão a postos para mais uma campanha salarial. Na capital acreana, a direção do Sindicato dos Bancários irá lançar a campanha nesta terça-feira (30). De acordo com a presidente Elmira Farias, um café da manhã será oferecido a partir das 7h30 horas, no Hotel Pinheiro, para comemorar o Dia do Bancário.

Neste mês de agosto, a direção do Sindicato dos Bancários esteve visitando a maioria dos municípios onde existem agências bancárias para conscientizar a categoria da importância da mobilização para arrancar reajuste digno e novas conquistas nesta campanha salarial, segundo comentou Elmira Farias.

Nesta campanha salarial, a categoria reivindica PLR maior, Plano de Cargos e Salários (PCS), fim da metas abusivas e do assédio moral, auxílio-educação para todos, garantia do emprego, segurança bancária e melhores condições de trabalho, redução dos juros abusivos, segurança bancária e filas. Outro item fundamental da pauta aprovada é o apoio ao PDL 214/2011, que revoga as recentes resoluções do Banco Central sobre o funcionamento dos correspondentes bancários. Com a pauta de reivindicação elaborada no mês de julho na 13ª Conferência Nacional dos Bancários e entregue na primeira quinzena deste mês a Fenaban, os bancários querem reajuste salarial de 12,8% nesta campanha salarial.

Negociações começam hoje – Neste ano, a data ocorre no final de semana antes da primeira rodada de negociações do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, com a Fenaban, que acontece nesta terça e quarta-feira, dias 30 e 31 de agosto, com foco no tema emprego e reivindicações sociais. A segunda rodada, com o tema saúde e condições de trabalho, será realizada nos dias 5 e 6 de setembro; e a terceira, sobre remuneração, no dia 13 de setembro.

 Histórica greve de 69 dias – Há exato 60 anos, no dia 28 de agosto de 1951, a categoria bancária iniciava uma das mais longas e vitoriosas greves dos seus 84 anos de história: após 69 dias de paralisação, os banqueiros acabaram concedendo 31% de aumento. Os trabalhadores de SP foram os únicos em todo o Brasil a manterem suas reivindicações e não aceitaram a proposta de apenas 20% oferecida inicialmente pelos bancos. Decidiram parar e acabaram dando início ao movimento que marcaria o Dia do Bancário.

O preço pago foi alto, com forte repressão do governo estadual, do MTE e até da Igreja. Com o fim vitorioso da greve, os banqueiros acabaram demitindo algumas lideranças e transferindo outras para cidades do interior do Estado. Apesar da dificuldade de rearticulação dos trabalhadores nos anos seguintes, a greve resultou não só num aumento salarial maior para São Paulo, mas também levou suas lideranças a outros municípios, propiciando a formação de vários sindicatos bancários pelo Estado, além de questionar a lei de greve do governo Dutra. (Ascom Seeab Acre)

 

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