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Governo apoia manejo natural de quelônios em Terras Indígenas

A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) promoveu, no período de 9 a 17 de agosto, a troca de experiências entre os Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFIs) e o Projeto S.O.S. Quelônios. Vindos das Terras Indígenas Katukina do Campinas, Colônia 27 e Igarapé do Caucho (Cruzeiro do Sul e Tarauacá), os agentes agroflorestais indígenas foram ao projeto S.O.S. Quelônios, em Acrelândia. Eles participaram de um intercâmbio sobre o manejo natural de quelônios.

Durante o evento, os AAFIs participaram da coleta de mais de 2 mil ovos de tracajás e iaçás. Os agentes ambientais do S.O.S. Quelônios retiram ovos de praias desprotegidas e os transportam para outras monitoradas pelo projeto. Os filhotes recebem alimentação e cuidados especiais. “No 4º mês de vida é realizada a soltura no Rio Abunã, e parte é enviada às Terras Indígenas”, explicou Edna Costa, chefe da Seção de Fauna Sivestre da Seaprof.

Atendendo pedido dos próprios indígenas, desde 2005 estão sendo distribuídos tracajás do Projeto S.O.S. Quelônios. Dessa maneira, os AAFIs tiveram a oportunidade de visitar o local de onde saíram os tracajás que hoje povoam os rios e lagos das Terras Indígenas. Os Agentes Agroflorestais Indígenas são escolhidos pelas suas comunidades para serem treinados em práticas agroflorestais. Os cursos são realizados pela ONG Comissão Pró-Índio do Acre e tem caráter multidisciplinar e itinerante, com aulas no Centro de Formação dos Povos da Floresta, em Rio Branco e nas aldeias.

O Governo do Estado, reconhecendo a importância dos AAFIs, realizou convênio com a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas (Amaaiac), que permite remunerar 72 Agentes Agroflorestais Indígenas pelos serviços ambientais prestados a toda a sociedade pela manutenção das reservas naturais de mais de dois milhões de hectares da floresta amazônica.

“Os serviços que os Agentes Agroflorestais Indígenas desenvolvem é de relevância para toda a humanidade. Enquanto países desenvolvidos discutem soluções para o aquecimento global e para o uso sustentável dos recursos naturais, os povos indígenas nos ensinam como viver em harmonia com a natureza”, afirma Clóvis Alves, diretor técnico da Seaprof. (Ascom Seaprof)

 

 

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