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Presidente do STR afirma que Estado não cumpre acordo

Quase 3 anos depois da sentença de suspensão progressiva nas autorizações de queimadas no Estado e o governo ainda não teria feito a sua parte. Tampouco teria cumprido os prazos fixados pelo juiz federal David Wilson de Abreu Pardo para a adoção de medidas compensatórias. Estas são as conclusões do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Rio Branco (STR), Héliton Silva. 

Para reparar as conseqüências sócioeconômicas advindas da supressão do uso do fogo, o sindicalista quer mais assistência técnica e a imediata implantação de um plano estadual de infra-estrutura, capaz de recuperar ramais e pontes na zona rural da Capital. “Não basta apenas a prefeitura cumprir a sua parte, até porque estamos falando de um acordo feito perante uma decisão judiciária”, reiterou. 

Ainda segundo Héliton, os agricultores não tiveram tempo, em vista a um princípio de crise de abastecimento. “A farinha, o feijão e o arroz tiveram seus preços altamente elevados, além da falta deles em feiras e mercados”, disse o sindicalista, afirmando que o programa de mecanização municipal beneficiou apenas 30% dos agricultores.   

Além de Rio Branco, apenas Brasiléia e Epitaciolândia estão cumprindo o acordo judicial para pôr fim ao uso do fogo. A informação é da promotora de Meio Ambiente, Mery Cristina. Representando o Ministério Público Estadual (MPE), ela ajuizou uma Ação Civil Pública contra o Estado e as prefeituras. 

O secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Lourival Marques, disse que o Governo do Estado prioriza a agricultura familiar, elencando uma série de ações em sua pasta.“Fizemos um concurso público para contratar 79 técnicos agrícolas, construímos 5 mil tanques para criação de peixes, compramos 9t de calcário, fizemos 2 mil hac de destocas e gradagens para abastecer as casas de farinhas, distribuímos 80 mil kits de pequenos animais. Além disso, temos mais de R$ 3 milhões pra recuperar ramais. Sem contar com uma parceria com o Incra e da disposição de R$ 12 milhões – aprovados recentemente pelo BNDES – que são para recuperar pontes e bueiros”, disse ele.   

 

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