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Queimadas entre julho e agosto de 2011 caem 250% em relação ao ano passado

Enquanto a equipe de educação ambiental do Imac percorre a Reserva Extrativista Chico Mendes e projetos de assentamento da região conversando com moradores sobre o período de proibição das queimadas no Estado e sobre as alternativas ao uso do fogo, as equipes de fiscalização fazem monitoramentos aéreos para identificar os focos de incêndios e queimadas. O trabalho é mais intenso nas regiões do Alto e Baixo Acre, onde são verificados todos os anos mais ocorrências. A redução dos focos em julho e começo de agosto de 2011, época considerada de ‘pico das queimadas’, foi de 250% em comparação ao mesmo período do ano passado.

De 1º de julho a 11 de agosto, foram identificados em todo Estado 295 focos de calor. Em 2010, este número chegou a 751. Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira, Capixaba e Plácido de Castro foram os que mais queimaram. Enquanto no ano passado, o Imac registrou 94 ocorrências em Senador Guiomard, neste ano tal valor caiu para 39.

O diretor técnico do órgão, Paulo Vianna, explica que a redução é o reflexo de várias ações coordenadas. Entre elas, os pactos feitos com associações e sindicatos rurais para evitar a queima e a execução de programas como a Certificação de Propriedades Rurais, que leva assistência técnica diferenciada e crédito aos produtores que preservam suas propriedades e utilizam os meios alternativos ao uso do fogo.

Exemplo disso é a adoção da mucuna para a limpeza das áreas de plantios, os roçados sustentáveis e a destoca feita por mecanização (processo ainda incipiente no Acre, mas com projetos de ampliação). Em todo Estado, com exceção do vale do Juruá e somente a partir de autorização do Imac, está proibido queimar. As multas variam de R$ 1 mil por hectare para queimadas em áreas já degradadas a até R$ 5 mil em caso de incêndios em áreas de florestas.

 

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