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Seca do Madeira dificulta travessia de balsa e pode deixar Acre no isolamento

Muito se alertou sobre os problemas da estiagem, mas pouco se fez a respeito. Agora, como resultado desta falta de ação, os receios dos empresários locais estão começando a se tornar realidade. Mais uma vez o Acre passa a correr riscos reais de ficar ‘isolado’ no que depender da travessia de balsa no trecho sobre o Rio Abunã. Por causa da seca no Rio Madeira, as balsas já estão começando a ter dificuldades para ‘driblar’ os bancos de areia que se formam na extensão do rio.

Ainda não houve nenhuma conseqüência mais séria para o Acre. No entanto, já começa a se delinear o mesmo cenário visto no ‘verão’ do ano passado. Na ocasião, algumas balsas encalharam ao fazer a passagem no local, que fica na BR-364, a cerca de 250 Km de Porto Velho/RO. As barcas também tiveram de funcionar bem mais devagar do que o normal para desviar dos obstáculos (bancos de areia) no rio. Por conta disso, acumularam-se filas quilométricas de carros. Motoristas chegaram a esperar mais de 6 horas para atravessar o trajeto das balsas (que tem cerca de 750 metros).

Neste ano, duas balsas já teriam ficado atoladas por conta do baixo nível da água naquela parte do rio. Uma delas, inclusive, ficou presa na quinta da semana passada, dia 25. Para retirá-la, foi necessário fazer uso de uma pá-carregadeira e uma PC para amarrar a barca na margem esquerda. Toda a empreitada levou mais de 1h para ser concluída, tempo que os motoristas do Acre e Rondônia tiveram de esperar para poderem passar pelo lugar.

Se o problema persistir, o Acre poderá sofrer uma série de prejuízos decorrentes do ‘isolamento’ por via terrestre. Ameaça que assolará o Estado até o fim de novembro, quando o nível de água de Rio Madeira começa a se recuperar da ‘grande seca’.

Como exemplo destes danos, destaca-se o desabastecimento de gasolina e diversos outros produtos com curtos prazos de validade (frutas, iogurtes, congelados, etc).

Diante destes riscos, a empresa responsável pelas balsas, a Rodonave Navegações, está tentando tomar medidas pontuais pra amenizar as dificuldades. Entre tais providências, estão a construção de um novo porto, deixar máquinas na área para uso imediato em ca-so de atolamentos, contratação de mais rebocadores, etc..

 

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