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Jorge defende o desenvolvimento sustentável para solução de problemas da agricultura

O senador Jorge Viana, relator do Código Florestal, defendeu ontem o desenvolvimento sustentável como forma de proteger a agricultura e o meio ambiente e alertou que, se o Brasil seguir o modelo de uso da terra dos EUA, não será competitivo na produção de alimentos.

O comentário foi feito em resposta ao relator do projeto na Câmara, Aldo Rebelo,  que, em depoimento nas Comissões de Meio Ambiente, Agricultura e Ciência e Tecnologia, exibiu vídeo de pequenos agricultores multados em valores milionários pelo Ibama e disse que as normas e a regulamentação ambiental ‘infernizam’ a vida dos agricultores.

O senador do Acre também se contrapôs ao argumento de Rebelo de que os EUA e a Europa não têm  exigência de reserva legal e que tal mecanismo colocará na ilegalidade mais de 90% das propriedades rurais.

“Aqui, o clima e a situação são diferentes, e o consumidor de nossos produtos está mais exigente. Se não mudarmos para o modelo de desenvolvimento sustentável vamos ficar reféns das multinacionais que fabricam adubos, inseticidas e fungicidas e que não controlamos. Prefiro que encontrar um modelo adequado para o Brasil”, afirmou.

Na opinião de Jorge Viana, a adoção de um modelo de desenvolvimento sustentável resolverá muitos dos problemas dos pequenos agricultores brasileiros e que, na sua opinião, são erroneamente atribuídos às florestas. Para ele, a floresta é um ativo econômico capaz de gerar renda a partir do uso nacional dos recursos que oferece.

Segundo Jorge Viana, em seu depoimento, não falou em florestas, como se elas fossem um problema. Em resposta às queixas de Rebelo quanto aos problemas vividos pelos agricultores, o senador acreano disse não ser correto “querer transformar a floresta em causa de todas as mazelas da agricultura”.

Jorge também disse também que, ao defender os pequenos agricultores, o relator do Código da Câmara não abordou os problemas de grilagem  e disputas de terras que provocaram diversas mortes na Amazônia.

O relator do Código na Comissão de Meio Ambiente disse compartilhar da opinião de Aldo Rebelo de que o mundo não acordou para os avanços da agricultura e da biodiversidade do Brasil, mas alegou que tanto os direitos dos que plantam quanto a natureza precisam ser protegidos e propôs a mediação de cientistas. (Assessoria)

 

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