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Comércio varejista acreano revela como controla suas atividades econômicas

Para descobrir o modo de controle financeiro desenvolvido pelas empresas do comércio de varejo de Rio Branco, o Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac) entrevistou 243 empresários e/ou representantes desse segmento.

O levantamento foi realizado no período de 15 e 20 de agosto de 2011 e contou com o apoio logístico de acadêmicos dos cursos de economia e administração para a realização do levantamento de dados. A pesquisa mostra que 83% dos gestores das empresas do comércio de varejo local controlam, diariamente, todas as transações comerciais realizadas pela empresa.

No que diz respeito à reposição de estoque para o varejo, 63% dos entrevistados afirma repor a mercadoria de acordo com o nível da velocidade das vendas. Outros 19%, fazem reposição “quando a situação financeira permite”. Existem, ainda, 7% atreladas a contratos temporários com fornecedor, o que submete a reposição de estoque aos termos do cronograma contratual.

O mercado de consumo é responsável por grande parte da movimentação dos recursos financeiros, devido às facilidades ao crédito para o público envolvido. Das empresas cotadas, 88% trabalham com vendas a crédito. No entanto, as vendas a crédito de 52% dessas empresas, são direcionadas a clientes que utilizam cartão de crédito.

Sobre a questão de vendas a crédito, os 17% que aceitam outras formas de pagamentos parcelados, exigem a realização de cadastro do cliente. Ainda quanto à disposição do comércio em atender o cliente sem cartão de crédito, 16% oferece a alternativa de vendas garantidas por um título de crédito (8%), ou com pagamentos através de carnês (8%).

O sistema de controles sobre as operações de créditos representa importância não somente para as operações junto a clientes, mas principalmente, junto a fornecedor, a quem a empresa deve priorizar capacidade de liquidez. Desta forma, a pesquisa detecta que 79% das empresas relacionam suas dívidas junto a fornecedores por data para pagamento, outros 14% por ordem alfabética do nome do credor e 15% por fornecedor com crédito a vencer numa determinada data.

Outro fator analisado pela pesquisa foi a formação de preços nas empresas de varejo. Essa tarefa exige um nível considerado de controles operacionais de custos de aquisição de cada produto, sobre a sua margem de contribuição para cobertura de custos fixos e lucros esperados.

De acordo com o levantamento, 34% dos entrevistados afirmam calcular o preço de cada item, individualmente, 29% igualam o preço ao praticado pela concorrência e 14% apenas dobram o valor do custo do produto.

Pra finalizar, foi analisada a previsão financeira das empresas estudadas. Com vistas a assegurar a capacidade de pagamento junto a credores, 84% delas acenam positivamente. Dessas, 42% estão sempre à procura de aumentar vendas, outras 26% fazem reservas junto a bancos e 15% mantem sistema contínuo de promoções. (Assessoria)

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