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Diretor da Eletrobras alega que só 0,65% da cidade reclama de contas

O diretor de ­Distribuição da Eletrobras, Marcos Aurélio Madureira da Silva, enfim deu uma resposta ao dossiê feito pela jornalista Eliane Sinhasique e pela chefe de Reclamações do Pocon/AC, Daniella Barcellos. O diretor alegou que das 1,443 milhões de contas de energia emitidas em 2011 (até julho) pela distribuidora no Acre, apenas 9.442 foram acusadas de refaturamento (contestações) por valores indevidos. Em outras palavras, significa que apenas 0,65% (menos de 1%) da população de Rio Branco teria reclamado de ‘absurdos’ em suas contas durante todo este ano.

O referido dossiê foi enviado à Eletrobras em junho deste ano. Ele reúne as reclamações dos consumidores de energia de todo Estado contra a Eletrobras Distribuição Acre desde janeiro de 2008 até maio de 2011. Trata-se de uma iniciativa do movimento popular ‘Menos Impostos, Mais Energia’ (incitado por Eliane Sinhasique) e do Procon/AC.

O índice de 0,65% em 2011, segundo os dados apresentados pelo diretor da Eletrobras, mantém os mesmos níveis baixos há quase 4 anos. Em 2008, das 2,068 milhões de contas, 11.606 foram refaturadas (0,56%). Em 2009, das 2,211 milhões, foram 15.149 contas contestadas (0,68%: índice maior do que o atual). Já no ano passado, das 2,362 milhões, 13.094 foram reclamadas (0,55%). Na média destes 3 anos e 7 meses, Marcos Aurélio revela que a taxa de reclamações (oficiais) é de 0,61% – 49.291 contas contestadas de um total de 8,084 milhões.

Já para os números do Procon/AC, o diretor apontou que a Eletroacre teve 1.100 reclamações entre janeiro de 2008 a julho de 2011. Tal montante equivale a apenas 0,5% do total de atendimentos prestados pela empresa (201.773 unidades consumidoras) no Acre.

No documento enviado à radialista Eliane Sinhasique, o diretor conta que os dados das contas são levantados conforme Resolução Normativa da Aneel (nº 414/2010) e presta maiores detalhamentos sobre a base de cálculos da das faturas, dos ‘erros e ausências de leitura’, das ‘oscilações e interrupções do serviço’ (vulgo ‘apagões’) e das negociações de dívidas com usuários.

A jornalista Eliane Sinhasique considerou as justificativas dadas pelo diretor como ‘fora da realidade’ do povo acreano, especialmente por se tratar de reclamações apenas oficializadas. “As explicações não resumem a insatisfação da população para com o serviço de energia que é prestado no Estado”, afirma.

 

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