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Empresas de entrega substituem Correios

A greve dos Correios deve continuar até, pelo menos, a próxima segunda-feira, quando serão realizadas as assembleias dos funcionários da estatal, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios. A paralisação, porém, só termina caso a empresa negocie a reivindicação dos trabalhadores — piso salarial de 3,5 mínimos ou aumento real de R$ 400, entre outros benefícios. A estatal, por outro lado, só negocia quando os serviços forem retomados.

Enquanto isso, empresas privadas de entrega reforçam suas equipes e garantem que estão preparadas para receber um aumento nas encomendas por causa da greve.

“Durante a última paralisação dos Correios, ocorrida em setembro de 2009, a DHL Express registrou crescimento de 14% no envio de remessas expressas, incluindo operações domésticas e internacionais”, informou a companhia por meio de nota.

Segundo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, 32% dos 109 mil empregados aderiram ao movimento grevista, o que provocará atrasos nas entregas de encomendas. Ele insiste que, enquanto durar a paralisação, a negociação fica suspensa e os dias parados serão descontados. Dos 35 milhões de correspondências, cerca de 5,3 milhões não chegaram ao destino anteontem, primeiro dia de greve.

Os três serviços de entrega rápida suspensos na quarta-feira representam, juntos, 40 mil objetos por dia — ou 0,11% do total. Em alguns Estados, as agências também providenciaram a contratação de funcionários terceirizados para complementar equipes.

Na Região Metropolitana de São Paulo, Mogi das Cruzes e Baixada Santista, já são 5 milhões de encomendas em atraso entre quarta-feira e ontem. Normalmente, seriam entregues 20 milhões em dois dias, mas apenas 15 milhões chegaram ao destino.
De acordo com a companhia, na região, havia ontem 33% de adesão dos funcionários, menos do que no primeiro dia, que apresentou participação de 36%.

Já segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Similares de São Paulo (Sintect-SP), a adesão na região metropolitana chegou ontem a 60% dos trabalhadores, ou “5% a mais do que no primeiro dia”, diz Raimundo Cardoso, secretario de organização da diretoria do Sintect-SP. (Agência Estado)

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