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Greve dos bancários atinge 70% e causa transtornos à população

JORGE NATAL

Os bancários do Acre aderiram à greve nacional da categoria, que começou ontem e será por tempo indeterminado. A paralisação atinge bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal, segundo a presidente do sindicato local, Elmira Farias. A categoria reivindica 5% de aumento real e 7,8% de reposição inflacionária. Os bancários se uniram aos servidores dos Correios e irão fazer manifestações conjuntas. 

“Desde o começo deste mês, período da nossa data-base, que a nossa federação tenta fechar um acordo com a entidade representativa deles, a Fenaban. Para se ter uma idéia, o Banco do Brasil e o Itaú lucraram, juntos, R$ 13,4 bilhões apenas no 1º semestre deste ano”, observa a sindicalista, denunciando que os lucros exorbitantes são proporcionados pelas altas taxas de juros.

Os banqueiros, ainda de acordo com Elmira Farias, propuseram um reajuste de 8%, sendo 0,56% de aumento real. A inflação registrada no período foi de 7,4%. Os bancários consideram a nova proposta insuficiente e pedem aumento real de 5%. Também lutam por participações maiores nos resultados e lucros. Querem ainda valorização dos pisos, vales refeição e alimentação no valor de 1 salário mínimo (R$ 545). Mais contratações, saúde e segurança ainda fazem parte das reivindicações.

Acampados na Praça Eurico Dutra, onde estão concentrados o Bradesco, o Basa e o Banco do Brasil, os grevistas contam com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Quem não lembra o quanto ganhava um bancário há algum tempo. Hoje, no início da carreira, os bancos estatais pagam aos seus funcionários R$ 1.600 e os privados apenas R$ 1.250”, revela a sindicalista, justificando, por tal motivo, há uma maior rotatividade de funcionários entre todas as categorias.

 

 

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