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Mais de 300 médicos aderem à paralisação nacional de 24 horas

Cerca de 300 médicos no Acre paralisaram suas atividades por 24 horas. Eles, que se juntaram aos demais colegas de todo o país, protestam contra as operadoras de planos de saúde. Além de reivindicarem um aumento nos honorários, as entidades representativas acusam as operadoras de posturas ‘abusivas e antiéticas’, que estariam interferindo na relação médico-paciente. “As operadoras estão causando prejuízos ao exercício da boa medicina e à qualidade da assistência aos pacientes”, diz o panfleto da Federação Nacional da categoria.

Cerca de 70 mil usuários utilizam planos de saúde no Acre. O plano-alvo do protesto são as seguintes operadoras: Assefaz, Caixa Econômica, Capesesp, Casf, Cassi, Conab, Correios, Eletronorte, Embrapa, Fassincra, Geap, Plan Assiste, Sesi/DR/AC e Unimed. O movimento nacional é comandado pela Comissão Nacional de Saúde Complementar (Comsu), Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

“A suspensão ao atendimento é regionalizado, uma vez que a relação com os planos é definida a partir de acordos feitos entre as empresas e os médicos locais”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed), José Ribamar Costa, informando que apenas os estados do Amazonas, Roraima e o Rio Grande Norte não aderiram ao movimento.

Em pesquisas realizadas no ano passado, os médicos elegeram os piores planos. Citada em todas as sete categorias, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) se destacou como a operadora que mais interfere na autonomia do médico. A Amil, mencionada em cinco, foi a segunda. “Reclamações contra empresas de planos e seguro-saúde estão aumentando nos últimos anos”, declarou o representante da Associação Médica Brasileira, Antonio da Cruz Júnior.

A Unidas é solidária ao movimento de valoração do ato médico
A União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – UNIDAS é solidária ao Movimento de Valoração do Ato Médico, cuja principal bandeira é a remuneração justa pelos serviços prestados, onde alvo são operadoras que estão pagando valores considerados não éticos e justos para categoria profissional.

Diferentemente da matéria veiculada neste expediente em 21/09, as filiadas a UNIDAS (ASSEFAZ, CASSI, CASF, CAPESESP, GEAP, FASSINCRA, ELETRONORTE, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, CORREIOS, SESI, EMBRAPA, PLANASSISTE, CONAB) remuneram a consulta em R$ 50,00 desde 2010. E recentemente estabeleceram o piso de R$ 60,00, para consulta realizada em consultório, assim como também rea-juste para Honorários Médicos, a partir de 01/2012.

Vale ressaltar que diferentemente das outras operadoras de planos de saúde, as filiadas a UNIDAS são entidades sem fins lucrativos, tendo suas receitas vinculadas aos salários dos servidores públicos federais que estão há muito tempo sem aumento real de salário e perspectiva concreta de reajuste, bem como da  época em que suas remunerações serão efetivamente corrigidas.

As empresas de Autogestão estão garantindo  sua sobrevivência em virtude da introdução de fatores moderadores, o que faz com que os custos de alguns procedimentos sejam parcialmente arcados pelos beneficiários.

É importante ressaltar que o papel da Autogestão é fundamentalmente social, oferecendo uma justa e qualificada assistência à saúde aos 40.000 beneficiários no Estado do Acre.
A UNIDAS espera ter prestado os esclarecimentos necessários e dirimido qualquer dúvida a respeito do tratamento que a entidade representativa das empresas de Autogestão tem com a classe médica, sempre buscando o entendimento e um acordo justo para ambas as partes.

 

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