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Médicos do Acre adotam protesto nacional e vão suspender atendimentos de planos de saúde no dia 21

Um movimento nacional deverá repercutir no Acre no próximo dia 21, com a paralisação do atendimento dos planos de saúde pela classe médica. Organizado pela Comissão de Saúde Complementar (Comsu), com apoio do Conselho Federal de Medicina, a atividade quer pressionar os planos de saúde a reelaborarem a tabela que estabelece os valores pagos pelas consultas no Brasil. Os médicos querem que este valor seja reajustado de R$ 50 para R$ 60, a partir do cálculo elaborado pela Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe) para outubro de 2010.

Apesar da paralisação do dia 21, os serviços de urgência e emergência deverão ser mantidos, segundo garantiu o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed), José Ribamar. Ele informa que o reajuste dos planos de saúde para o usuário entre 2000 e 2010 atingiu 136%, enquanto que para os médicos no mesmo período, o índice repassado foi inferior a 60%.

“É preciso rever esta relação dos convênios com os médicos, que hoje começam a se desvincular porque não têm mais retorno”, afirma o presidente do Sindmed. Ele também alerta que o movimento por reajuste dos valores da consultas deverá atingir ainda os convênios que se recusarem a negociar. No Acre, a lista dos planos de saúde que serão afetados deverá ser divulgada em breve. Duas reuniões visando acordos foram propostas pelo Sindmed nos dias 12 e 14.
Mais de 45 milhões de pessoas em todo país pagam planos de saúde, que somente neste ano aplicaram reajuste nas mensalidades em torno de 6%. O Sindmed calcula que os planos de saúde e seguridade que atuam no Acre tenham em média 65 mil segurados. “Temos muitos problemas, como o número reduzido de médicos em algumas áreas e nenhum em outras, má remuneração e um tratamento inadequado por parte dos planos. Por isso, os médicos se afastam. Isso prejudica a população que utiliza este serviço”, afirma José Ribamar.

 

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