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Paralisação de médicos no dia 21 abrange 14 planos de Saúde e afetará 450 usuários

A paralisação dos médicos conveniados aos planos de saúde Unimed e Unidas, prevista para acontecer no próximo dia 21, afetará em média 450 usuários que poderiam ser atendidos nas consultas realizadas diariamente por 300 profissionais que estão aderindo ao movimento. O atendimento neste dia será apenas pra casos de urgência e emergência. O Sindmed emitiu orientação para que os médicos evitem marcar pacientes para este dia ou propor a remarcação da consulta para outra data, a fim de evitar o constrangimento aos usuários.


Em todo Estado, a Unimed e o grupo de 13 planos de saúde vinculados ao grupo Unidas representam 68 mil vidas. A suspensão do atendimento é um ato realizado em todo o país para pela classe médica para protestar contra o fracasso nas negociações que propõem a revisão do valor das consultas e procedimentos médicos pagos pelos planos de saúde.

O movimento tem o apoio do Conselho Regional de Medicina (CRM/AC), Conselho Federal de Medicina e Comissão de Saúde Complementar (Comsu). Os médicos querem aumento de R$ 50 para R$ 60, segundo cálculo elaborado pela Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o mês de outubro de 2010. Eles exigem ainda a definição de valores aos procedimentos médicos com base na Classificação Brasileira de Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos (CBHPM).

Em 10 anos, o reajuste no valor dos planos de saúde atingiu 136% para o usuário, quanto que para os médicos este índice foi inferior a 60%. Segundo informações do Sindmed duas datas foram propostas para negociação. De todas as operadoras chamadas apenas a Unimed se recusou em dialogar. As demais não concordaram com a proposta apresenta pela classe médica. O presidente do sindicato lembra que a reivindicação é única em todo o país como forma de valorizar o profissional médico que não é contemplado com os reajustes que são repassados ao consumidor.

Procon orienta sobre os direitos dos usuários dos planos de saúde

O Procon orienta os usuá-rios dos planos de saúde que se sentirem prejudicados, que eles podem pedir redução proporcio-nal como desconto na mensalidade ou reembolso no caso de necessitarem pagar por consulta ou procedimento. A paralisação não exclui a operadora do plano a prestar atendimento. Caso tenha algum tipo de dano por conta do movimento poderá pedir reparação apenas judicialmente. Se verificar algum problema decorrente da paralisação no atendimento, o consumidor poderá relatar a situação à Agência Nacional de Saúde, responsável pela regulação dos planos de saúde no país.

Confira os planos que irão suspender o atendimento no dia 21 – Unimed e as seguradoras pertencentes ao grupo Unidas: Assefaz, Casf, CEF, Cassi, Capesesp, Correios, Eletronorte, Embrapa, Fassincra, Geap, Sesi Saúde, Plan Assiste, Conab.

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