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PF encerra sua participação no caso do menino Fabrício

A Polícia Federal (PF) anunciou ontem, 20, em entrevista coletiva, o fim da sua participação na reabertura da investigação que apura o assassinato de Fabrício Costa Souza. O crime ocorreu há mais de 1 ano e estava envolto em mistérios. “Mesmo com o inquérito não concluído, já podemos afirmar que houve o homicídio, quem cometeu o crime, onde o corpo foi jogado e qual foi a motivação do seu autor”, assim resumiu o delegado responsável pela investigação, Milton Rodrigues Neves.

Os 3 meses de trabalho envolveram 10 policiais, 1 psicóloga forense e todo aparato tecnológico do laboratório de criminalística da PF. Embora o delegado não quisesse revelar os nomes dos envolvidos, concluiu-se que foram 4 pessoas (2 menores) e o motivo do assassinato: vingança.  

A mudança no depoimento de um dos envolvidos, conhecido por Leonardo Leite, fez com que a Justiça reabrisse o caso. Assassino confesso, ele afirmou que matou Fabrício porque um tio do adolescente (tio que seria policial), teria o obrigado a engolir drogas. Leonardo revelou, ainda, ter sido ajudado por 2 menores, atualmente cumprindo penas sócio-educativas. Além das adolescentes, mais 6 pessoas esta-riam envolvidas no crime. Toda a nova linha de investigação partiu de perícias feitas no celular de Fabrício, que foi utilizado pelo homicida assumido.

A Força Nacional e membros do Corpo de Bombeiros, do Acre e do RJ, continuam realizando buscas no Rio Acre. Cerca de 50 fragmentos de ossos e 1 crânio estão sendo analisados pelo Instituto de Criminalística Nacional (ICN). “Primeiro, precisamos saber se os ossos encontrados são humanos para, em seguida, compararmos com o material genético dos pais da vítima”, declarou o juiz titular da 4ª Vara Criminal de Rio Branco, Cloves Augusto Alves Cabral Ferreira.

O magistrado fez questão de frisar que a PF, por ser mais ‘aparelhada’, complementou o trabalho da Polícia Civil. “Estamos com psiquiatras forenses, mergulhadores experientes, cães farejadores e todo um aporte tecnológico necessário para encontra os restos mortais”, destacou.

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