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Unimed apóia paralisação nacional dos médicos

A cooperativa de Médicos Unimed (que significa União de Médicos) está apoiando o movimento nacional dos médicos, que faz hoje uma paralisação contra as operadoras de saúde. Os médicos prometem suspender o atendimento eletivo a pacientes de plano de saúde para reivindicar o reajuste dos valores pagos pelas operadoras. O atendimento de urgência será mantido. Diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) marcaram para hoje uma coletiva sobre a paralisação.

De acordo com um dos diretores da Unimed/Acre, Júlio Eduardo Gomes Pereira, o movimento é ‘puxado’ pela Federação dos Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira. Os principais alvos do protesto são os grupos Abrang e Unidas. “A Unimed do Acre paga R$ 44 por consulta, mas a maioria dos planos de saúde paga uma quantia inferior”, disse o diretor, esclarecendo que a Unimed não é alvo da paralisação, justamente porque é uma cooperativa.

Além do aumento no valor pago por atendimento, os médicos, segundo Júlio Eduardo, também reivindicam a formalização de contratos de serviços. “Sem essas cláusulas de trabalho, as operadoras de saúde podem demitir quando quiserem”, explicou o diretor. Esses contratos devem ser regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Em pesquisas do ano passado, os médicos elegeram os piores planos. Citada em todas as 7 categorias, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) se destacou como a operadora que mais interfere na autonomia do médico. A Amil, mencionada em 5, foi a segunda. “Embora esta seja a primeira mobilização da classe médica reunida, diversas especialidades – como pediatras, anestesistas, ginecologistas e cirurgiões vasculares já fizeram protestos isolados desde 2009”, informou Júlio Eduardo.

 

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