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Gladson convocará plenárias para decidir se PP vai para a oposição

As mudanças internas do PP estão gerando a dúvida se a agremiação política permanecerá na FPA ou se irá para a oposição. No entanto, o mais provável é que o PP adote uma postura independente nas eleições de 2012. Segundo o presidente regional, deputado federal Gladson Cameli (PP/AC) a orientação do presidente nacional senador Francisco Dornelles (PP/RJ) é que o partido no Acre lance o maior número possível de candidatos a prefeito e a vereador. “Queremos eleger cinco prefeitos e oito vices para podermos traçar o destino de 2014. O rumo do partido será decidido com todos os filiados. Jamais vou impor qualquer posição”, garantiu Cameli. 
 
Racha partidário
Quanto às desavenças com o vice-governador César Messias por conta de ter se tornado presidente da sigla no Acre, Gladson ponderou: “estou cumprindo uma determinação do diretório nacional para que os estados onde têm deputados federais do partido sejam os presidentes. Nós precisamos ter uma identidade própria. Qual o problema de eu ser o presidente do PP no Acre? Já tivemos João Tota que quando era deputado federal foi o presidente, a mesma coisa aconteceu com o ex-deputado Ronivon Santiago. Só eu que não posso ser o presidente da executiva esta-dual?”, indagou Gladson.

O parlamentar ainda garantiu que o senador Dornelles sofreu pressões em Brasília para devolver a direção do PP acreano para o grupo de César Messias, mas que não cedeu. “Só vai sair do partido quem não é progressista e quem tem cargos no Governo e, isso é uma meia dúzia que está ligada ao vice-governador. Acho que cada um deve procurar as suas melhoras. Não quero quantidade, mas qualidade dentro do partido. Não me interessa quem não tenha identidade e fidelidade com o PP. Quem não estiver satisfeito no PP as portas estão abertas. Não vamos segurar ninguém”, salientou.

Futuro político
Ao contrário das outras entrevistas, Gladson evitou falar numa possível candidatura ao Senado em 2014. “Vamos tratar o futuro do partido numa grande convenção no ano que vem em que os filiados de todos os municípios poderão opinar se querem o PP na FPA ou na oposição. Nós estamos numa situação privilegiada porque temos mais de sete mil filiados e um tempo significativo de televisão nas campanhas políticas. Pessoalmente penso em crescer politicamente, mas primeiro tenho que consultar a minha família”, explicou. 

Quanto aos filiados mais importantes no Acre que poderão seguir o caminho de César Messias, Gladson disse não acreditar em grandes perdas para o PP. “No dia 23 de setembro faremos um grande ato de filiações em Cruzeiro do Sul e estamos repetindo esses eventos em todo o Estado. O ex-prefeito de Rodrigues Alves Dêda e a deputada Maria Antonia (PP) me garantiram que ficarão no PP. Eles estão nos ajudando muito. Queremos trazer novas lideranças para discutir a sucessão municipal. Vamos trabalhar para termos um candidato a prefeito ou no mínimo a vice em Cruzeiro”, finalizou.

 

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