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O poder de fogo do PSD

 À espera de decisão da Justiça Eleitoral sobre seu registro, o PSD provoca, desde já, expectativa entre partidos da base aliada, preocupados com o poder de fogo da nova legenda. Mesmo antes de nascer oficialmente, a sigla espera reunir uma bancada de 50 deputados e dois senadores. “A expectativa é de termos até 55 deputados”, diz Saulo Queiroz, que deve assumir a secretaria-geral da legenda tão logo seja formalizada. Se confirmado, o número faria do PSD a quarta maior bancada da Câmara, com força suficiente para influenciar votações estratégicas para o governo.

 Na avaliação do deputado Lincoln Portela (MG), líder do PR – partido que deixou a base recentemente -, uma possível inserção do PSD entre os aliados passará naturalmente pela ocupação de cargos na Esplanada. “Ele buscará espaço político”, diz Portela.

 Apesar de pregar independência em relação ao Palácio do Planalto, a vocação do PSD é claramente governista: “A visita que fizemos à presidenta Dilma Rousseff, no mês passado, mostra que temos plena disposição de ajudar o governo”, diz Queiroz, que adotou o termo “presidenta”, que tanto agrada Dilma.

 Para a oposição, a nova legenda pouco irá alterar o jogo de forças no Congresso. “Quem segue da oposição para o PSD é aquele parlamentar que já votava com o governo. Isso pouco alterará o resultado de votações no plenário”, minimiza o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP).  (Correio Braziliense)

 

 

 

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