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Oito meses são pouco para quem vai governar por 8 anos”, afirma Lula

O ex-presidente Lula disse na sexta (2), durante discurso na abertura do 4º Congresso Nacional do PT, em Brasília, que os 8 meses de governo da presidente Dilma Rousseff não são suficientes para avaliar quem vai governar ‘por 8 anos’, referindo-se à eventual reeleição da petista. “Tenho convicção de que ninguém pode cobrar da Dilma aquilo que o tempo não permitiu você fazer. Oito meses é muito pouco para quem vai governar este país por 8 anos. É apenas 10% do tempo que você vai ter”, disse Lula.

Ele elogiou a atuação da presidente e disse estar ‘orgulhoso’ do momento que o Brasil vive. “Este país trabalha para ser a 5ª economia do mundo em alguns anos”, afirmou.

Dilma Rousseff focou seu discurso em pregar que o legado recebido por ela ao suceder Lula não é apenas uma herança porque ela, como ex-ministra, participou da construção de programas e das bases do governo que comanda atualmente. “Estou firmada numa pedra muito sólida, que é a experiência de 8 anos de um governo. Não é herança porque eu ajudei a construir essa pedra”, disse a presidente.

Segundo Dilma, o ‘legado’ dos 8 anos de Lula é uma ‘responsabilidade’ que o atual governo carrega. “Tivemos uma oportunidade histórica e, no quadro da democracia, nós mudamos a lógica de crescimento do país. Este país tem a força que tem porque temos essa herança, esse legado que não é legado só dos 8 anos do presidente Lula, mas é uma responsabilidade que o nosso governo carrega todos os dias”.

A presidente rebateu críticas da oposição sobre sua suposta dificuldade para o jogo político. Segundo Dilma, ‘por falta de projeto’, a oposição recorre a esse tipo de atitude na tentativa de separá-la do ex-presidente Lula.

“Especulam muito sobre minha suposta inapetência política. Dizem que sempre fui uma gerente tecnocrata despreparada para o exercício da Presidência. Eles esquecem um fato: que tenho muito orgulho de ter [feito política], quando era muito difícil de fazer política no Brasil porque dava cadeia ou morte. Tenho orgulho de ter feito política no Brasil”, desabafou.

Corrupção – Dilma disse que o governo não pode ter como meta o combate à corrupção porque, segundo ela, isso é uma ação permanente. “Acredito na Justiça. Acredito que não se faz nem com caça às bruxas, nem com colocação de pessoas à execração pública. […] Essas ações espetaculares geralmente expõem as pessoas e acabam com a presunção da inocência. O combate à corrupção nunca acaba, é permanente”

Ao final do discurso, Dilma se dirigiu à militância petista e defendeu a paridade entre homens e mulheres e a maior participação dos jovens no partido. (G1)

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