X

Não há motivo

O comando da Polícia Militar precisa apurar com rigor esse episódio de um sargento que decretou a prisão de uma repórter e um cinegrafista, no final de semana, para não abrir precedentes indesejáveis e condenáveis de abusos de poder.

A julgar pelas explicações da repórter, ela e o cinegrafista agiram como sempre agem nas ocorrên-cias policiais. Ou seja, estavam fazendo o seu trabalho, como os policiais deveriam estar fazendo o seu. Mesmo que tivessem ousado um pouco mais na coleta de informações, faz parte do trabalho jor-nalístico. A rigor, nenhum repórter precisa pedir autorização para fazer o seu trabalho.

O que a autoridade policial não pode fazer é tolher o livre exercício da profissão, sobretudo, valendo-se da autoridade, da farda ou até mesmo da arma que usa. Isso é condenável em quaisquer situações. Nenhum policial pode prender jornalistas no exercício da profissão, em circunstâncias que poderiam ser contornadas.

Espera-se, pois, que os fatos sejam devidamente apurados. Não há motivos para atitudes tão extremas.

Categories: EDITORIAL
A Gazeta do Acre: