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Via Verde Shopping está em fase final de construção

Dia 8 de novembro de 2011. Essa foi a data escolhida pelo grupo das três empresas empreendedoras responsáveis pela edificação do Via Verde Shopping. O canteiro de obras reúne até 1,2 mil operários, somando os trabalhadores do shopping com os que executam as obras nas lojas. A rotina alcança 12 horas de trabalho, dividida em turnos. Nessa fase final, cogitou-se a possibilidade de não haver interrupção do trabalho, com operários 24 horas no canteiro de obras. Essa hipótese foi descartada pela assessoria do empreendimento. “A obra não vai trabalhar(sic) 24 horas”, garantiu a assessoria. “Alguns fornecedores podem, em casos excepcionais, trabalhar 24 horas, mas não a obra toda”.

A medida é recheada de cautela depois de um protesto realizado pelos operários na última sexta-feira. Os trabalhadores reclamavam justamente sobre a rotina de trabalho extenuante e das condições de trabalho. Os empreendedores alegaram que as edificações são concretizadas por empresas terceirizadas e que “a administração do empreendimento sempre atua junto aos fornecedores para que sejam cumpridas todas as exigências legais e os acordos sindicais”.

A equipe do Acre Economia fez contato, por telefone, com o presidente do sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, José Adelmar Moura de Assis. Ele confirma o que afirmou a assessoria do shopping. “Entramos em acordo, mas foi preciso a paralisação porque estávamos há cinco meses e nenhuma providência foi tomada”.

Um dos aspectos que mais chamou a atenção do sindicalista diz respeito à qualidade dos alimentos oferecidos aos trabalhadores. “O resto das comidas servidas nos restaurantes dos ricos durante a noite era oferecido aos operários no almoço”, relatou Moura de Assis. “Tinha comida podre nas marmitas”.

O problema das horas extras também foi destacado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, José Adelmar Moura de Assis. “Tinha casos de trabalhadores que estavam tendo jornada de até 14 horas de trabalho por dia o que é ilegal”, afirmou.

Uma reunião foi realizada entre os coordenadores das empresas empreendedoras e diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. “A administração e a gerenciadora de obras do Via Verde Shopping se reuniram com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e chegaram a um consenso sobre as reivindicações”, afirmou a assessoria de imprensa da administração do Via Verde Shopping por meio de uma nota oficial distribuída aos jornais. “Todos os trabalhadores retornaram ao trabalho ainda no turno da manhã de hoje[ontem], após a paralisação de poucas horas”.

Investimento de R$ 150 milhões
As três empresas empreendedoras investem R$ 80 milhões e o conjunto dos lojistas investe R$ 70 milhões. Não se tem informação de investimento no comércio varejista local com valores superiores a esse. Do ponto de vista comer-cial, o Via Verde Shopping consolida um marco histórico para o comércio varejista regional.

A forma do “U” – De forma grosseira, é possível comparar o formato do Via Verde Shopping à letra “U”, com a construção de três corredores que oferecem a Praça de Alimentação e o acesso às salas de cinema edificados no que se poderia chamar de “centro da letra”. Como as sessões estão previstas acontecer até à meia- noite, a administração isola a área de maneira que os cinéfilos não possam ter acesso às lojas fora do horário comercial, às 22 horas.


Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil exigia melhores condições de trabalho e revisão em relação às horas trabalhadas. Reivindicações foram atendidas

Shopping é resultado de pesquisas de mercado
Mesmo com a edificação em fase de conclusão, ainda há muitas pessoas que não acreditam na viabilidade e sustentabilidade do empreendimento. Sobre o assunto, a direção do Via Verde Shopping faz a seguinte afirmação. “Trabalhamos com base em estudos que identificam locais em potencial para implantação de um shopping center e esses estudos apontaram Rio Branco como uma cidade preparada para isso”.

A presença de lojas âncora como Lojas Americanas, Bemol, Subway, Riachuelo, Magazine Luiza, Montana Grill, na prática, reforça o argumento da direção do shopping. Essas empresas não investem em regiões onde não há sustentabilidade econômica para o empreendimento. Não há outra justificativa para a presença delas aqui que não seja o retorno financeiro. Investir é uma ação empresarial que, a cada momento, exige cautela e planejamento. A decisão de se instalar em uma determinada região tem, necessariamente, que ser fundamentada em estudos que demonstrem viabilidade econômica.

“Procuramos o Governo do Acre para verificar quais eram as condições de implantação do projeto na Capital e fomos informados sobre o cenário do que estava sendo planejado no Acre para os próximos anos. A partir daí, aprofundamos ainda mais os estudos para termos certeza do negócio e chegamos à conclusão de que Rio Branco estava pronta para receber o shopping center”, informou a assessoria do Via Verde Shopping. E completa. “O Via Verde Shopping está se concretizando devido ao potencial econômico do Acre, a renda per capita disponível aqui e o potencial de crescimento do Estado. Também contribuiu a alta concentração urbana que o Estado tem, com grande concentração dela em Rio Branco, e a inexistência de shopping center na cidade. Vamos atender este desejo do consumidor do Acre por um shopping center  e não temos dúvida de que o Via Verde Shopping será um empreendimento de sucesso”.

“Vocação amazônica” – Uma das empresas de destaque é a amazonense Bemol, uma das lojas âncora. “Nós formamos uma empresa com vocação amazônica”, define o empresário Jaime Samuel Bechimol. “A boa administração do poder público local e a presença do Via Verde criaram ambiente ideal para a chegada da Bemol”. Bechimol já possui investimentos no Acre com a presença da fornecedora de gás, Fogás, há mais de 20 anos no mercado regional.

Mercado Velho e Galeria Meta: referências históricas
Para os historiadores, certamente haveria outras referências para o comércio da região. Mas, na Capital, os exemplos são dois: Mercado Velho e Galeria Meta. Na primeira metade do século passado, o Mercado Velho era o entreposto comercial da região mais moderno que havia. Era ali que se sentia a temperatura da economia regional.
Na metade da década dos anos oitenta, o empreendimento Galeria Meta, vinculado à Diocese de Rio Branco, deu vazão à ousadia dos comerciantes locais. O Brasil estava saindo de uma recente crise econômica (1982) e o Acre vivia um breve ambiente de aquecimento na economia. A Galeria Meta representou esse momento.


Indústria incipiente garante preços competitivos no Estado

ITAAN ARRUDA
A indústria acreana tem baixo capital instalado, mercado interno pequeno e ambiente pouco competitivo com grande interferência do poder público. São ingredientes que parecem se contrapor a uma façanha: garantir preços competitivos mesmo com os insumos trazidos de outras regiões do país. Alguns componentes são transportados por mais de 3 mil Km. Mesmo com frete e carga tributária, a transformação dos insumos garantem produtos na prateleira com preços semelhantes a produtos similares.


Iran Gusmão, da Colchões Imperial, não participa de licitações porque assegura que não compensa

É o que acontece com os salgadinhos Meulhitos, produzidos em Cruzeiro do Sul, município distante 672 Km da Capital. O milho, insumo básico para a produção do salgado, é comprado no Mato Grosso. Só a distância entre Campo Grande e Rio Branco alcança 1.872 Km. Somados à distância entre o Vale do Juruá e a Capital, chega-se a 2,5 mil Km. Esse percurso é feito usando a BR-364 no verão. No inverno, a logística é mais complexa. O insumo sai de Campo Grande para Porto Velho pela rodovia e depois utiliza o modal com a hidrovia do Madeira.

O milho segue por balsa para o Solimões e sobe até o Rio Juruá em balsas que chegam a Cruzeiro do Sul, com produtos que demoraram, em média 30 dias de viagem. “Para compensar o frete, é necessário transportar, no mínimo 700 toneladas de milho”, calcula Francisco Souza dos Santos Júnior, dono dos salgados Meulhitos e do Guaraná Cruzeiro. Júnior afirma que o preço do milho, nesse trajeto, chega a custar R$ 0,60 por Kg. Francisco Júnior, que também é proprietário de balsas garante que, para o transporte de milho, não possui estrutura suficiente. O que dificulta a logística. “Para compensar o transporte, as balsas têm que trazer produtos de até 150 clientes”.

A Colchões Imperial também é outro exemplo. Com sede em Rio Branco, os insumos vêm basicamente da região Sudeste. A indústria emprega 16 funcionários e está há cinco anos no mercado. O proprietário, Iran Gusmão, alega que o setor em que atua não tem incentivos do Estado e que proteger a indústria local seria uma ferramenta eficaz tanto na garantia de preços ainda melhores quanto na segurança ao setor privado. “A proteção é a grande arma”, constata, usando como exemplo as medidas protecionistas dos governos das regiões Sudeste e Sul. “Somos nós que geramos emprego e pagamos tributos aqui”.

Gusmão atua em um setor que ainda não é normatizado: ainda não se sabe a data exata em que o Inmetro (órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) deve regulamentar o setor de produção de colchões. Sem regulamentação, a concorrência, via pregão eletrônico, é classificada pelo empresário como “injusta” e sentencia. “O critério prioritário do pregão é preço”, afirma. “Como o setor não é regulamentado, a qualidade fica sem referência. Tem gente que vende colchão barato porque o enchimento é feito com qualquer porcaria”. Desestimulado a competir em licitações, Gusmão afirma. “Não concorro mais em licitações”, diz, ressaltando que essa não é uma postura definitiva. “Se o contexto mudar, é claro que eu volto a concorrer de licitações”.

Compras governamentais é ferramenta oficial de incentivo
O Governo do Acre criou o programa de “Compras Governamentais” como forma de incentivar a melhoria da produção da indústria local. Pelo programa, são estabelecidos critérios de escolha que se sobrepõem ao preço. Já há registros de casos em que empresas de Rondônia perderam licitações de portas de madeira porque o produto não era fruto de manejo florestal, uma exigência prevista em edital.
Técnicos ligados ao Governo já especulam medidas protecionistas em relação ao frango. Mesmo com as dificuldades de garantir o milho como insumo para o abate de frangos, a Acre Aves deve ser a empresa que melhor condições reúne para colocar no mercado local frango com baixo custo de produção.

Para atuar no mercado regio-nal com preços competitivos, “ou as indústrias compram insumos em grande quantidade para baixar o custo ou têm incentivos governamentais”, contextualiza o economista Carlos Franco, professor da Universidade Federal do Acre. “Legalmente, há poucas alternativas além dessas”.


Banco comunitário resgata o movimento popular na Capital

ITAAN ARRUDA
A inauguração do Banco Comunitário Vitória promove uma mudança que há muito não se via nas periferias de Rio Branco: o resgate do movimento popular. Manter a discussão sobre pontos específicos durante mais de um ano com os moradores de um bairro; fazer várias e demoradas reuniões; promover “feiras solidárias”; envolver comunidades protestantes, católicase de outras expressões de fé; envolver a escola; profissionais de segurança pública; explicar propostas de trabalho para traficantes; convencer lojistas incrédulos; investir tempo e paciência em debates com integrantes do poder público são alguns exemplos. Foi essa retomada da mobilizaçãoque a circulação da moeda social Arco-Íris exigiu de um grupo de líderes comunitários no bairro Vitória.


Comunidade inaugura 1º banco comunitário do Acre

“Foi um processo muito trabalhoso, mas o resultado valeu à pena”, resume a coordenadora do Banco Vitória, Maria Claudia de Góes Ribeiro. “Agora, o desafio é fazer com que tudo o que planejamos seja concretizado”. O ‘tudo’ enfatizado pela coordenadora pode ter alguns destaques.

Envolvimento comunitário – É preciso massificar a ideia da atuação do banco comunitário e da moeda social. Os moradores do bairro Vitória precisam, de agora em diante, raciocinar em Arco-Íris. Quando todos estiverem com o pensamento focado no uso comum da moeda, significa que o trabalho dos planejadores deu certo. Sem esse envolvimento comunitário, a moeda social não tem sentido. No início, todos parecem empolgados, mas é o tempo de consolidação do banco que dirá a qualidade do trabalho. É preciso cuidar do processo de consolidação da moeda. A empolgação deve passar e a serenidade deve conduzir todo processo.

Cuidado com a inflação – É preciso vigilância constante em relação ao comportamento dos comerciantes locais. É sabido (e isso foi bem detalhado pelos coordenadores) que os comerciantes devem dar descontos aos moradores que pagarem em moeda social (a percentagem fica a critério de cada estabelecimento). Não será surpresa se algum microempresário, julgando-se mais esperto que os demais, elevar um pouco o preço dos produtos para não diminuir a margem de lucro. Essa sensação de “expectativa de aumento de preço” por parte dos empresários com a consequente diminuição do poder de compra do consumidor tem nome bem conhecido: inflação.

Nesse aspecto, a própria comunidade deve ficar atenta e fazer uma espécie de seleção de mercado: compra onde tiver mais barato. Quem tentar “tirar vantagem de tudo” a todo preço vai ser excluído da lista da dona de casa. Nesse momento é a própria comunidade quem atua como protetora da moeda social e, por consequência, do banco comunitário.

Parte dos salários pode ser paga em moeda social
Uma proposta inovadora para ajudar na consolidação da moeda social veio da diretora da Escola Estadual Berta Vieira, Maria de Nazaré Arruda Aragão. “Vou propor que as famílias que têm condições e mantêm empregados em casa, babás ou cuidadores de idosos façam parte do pagamento do salário em moeda social”. De acordo com a diretora ‘Nazinha’, a percentagem ficaria a critério da relação entre patrão e empregado. De fato, a proposta inova, mas é preciso ver a legalidade. Nesse aspecto, a Coordenadoria de Economia Solidária deveria acionar a Procuradoria do município para ver os aspectos legais da proposta. “Em princípio, a idéia é muito boa”, acolheu sem esconder o entusiasmo, o responsável pela Coordenadoria da Economia Solidária de Rio Branco, Evandro Rosas.
Caixa Econômica – Uma estratégia para ajudar na consolidação da moeda social foi trazer um correspondente bancário da Caixa Econômica Federal para a sede do Banco Vitória. Com isso, as mães, que antes tinham que se deslocar ao centro de Rio Branco para sacar o Bolsa-Família, agora, vão poder ter o benefício ali mesmo na comunidade. “Quando as mães iam ao centro, elas gastavam parte do dinheiro por lá”, lembra o presidente da Associação dos Moradores do bairro Vitória, José Costa. “Esse pouco dinheirinho que ficava por lá fazia faz por aqui”.

Instituto deve implantar mais 3 bancos comunitários
A organização não governamental Instituto Capital Social, responsável pelo apoio técnico, deve implantar mais três bancos comunitários em Rio Branco. As comunidades são: Triângulo Novo, Calafate e Bahia.
Com sede em Belém, o instituto atua na formatação de planejamentos estratégicos regionais e no desenvolvimento econômico utilizando o conceito de Economia Solidária. A instituição já realizou convênios com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária. Um dos convênios diz respeito exatamente à implantação dos bancos comunitários.

A atuação do instituto no Acre faz parte de um novo ciclo de trabalho. Um edital do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, possibilitou a ampliação das ações do instituto no Acre com o projeto “Bancos Comunitários na Amazônia”.

Incubadora de Cooperativas chama atenção para linhas de crédito – A Incubadora de Cooperativas da Universidade Federal do Acre também atua no apoio técnico do Banco Vitória. Sob a coordenação do economista e professor da universidade, Carlos Franco, a comunidade está sendo orientada a conceder linhas de crédito com sustentabilidade econômica com impacto social.

O Banco Vitória nasce com um lastro de cinco mil moedas (M$ 5 mil). Em pouco tempo, parte desse dinheiro deve ser investido na abertura de linhas de crédito para o consumo (compra de alimentos e produtos básicos) e para produção (pequenos empreendimentos produtivos). O empréstimo deve ser objeto de análise da própria comunidade. “Ter o crédito liberado ou não faz parte da vigilância dos próprios moradores que devem querer um banco forte com uma moeda forte”, ressalta Franco. “Para isso, só devem emprestar dinheiro aos bons pagadores”.


Estratégia política deve definir problemas do comércio na Via Chico Mendes

ITAAN ARRUDA
A expectativa é de que a estratégia salvadora para os comerciantes da Via Chico Mendes seja anunciada pelo próprio governador Tião Viana. A ansiedade se justifica porque se os empresários estiverem ancorados apenas nos argumentos jurídicos, haverá uma demora que só alimenta a insegurança. De acordo com os dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre, são pelo menos 1,5 mil empregos diretos gerados pelas empresas atingidas pela ação da União.


Missão da Fecomercio/AC apresentou a situação de insegurança jurídica vivida pelos empresários

Na semanapassada, uma missão da Fecomercio/AC foi até Brasília apresentar o problema para os parlamentares acreanos. Apesar de não ter sido apresentada nenhuma definição prática, o advogado Pascal Khalil, que representa uma das empresas, considerou que foi proveitosa a viagem. “Cumprimos o objetivo de detalhar aos parlamentares a condição injusta da ação movida pela União contra os empresários”, afirmou. “Os comerciantes não são posseiros. Compraram pela área, reconhecida pelo Estado”.

“Os deputados federais e os senadores presentes, entendenram a gravidade da situação, se prontificaram a se alinhar à causa e buscar, junto às autoridades federais, uma solução que atenda aos interesses das partes envolvidas”, relatou o presidente da Fecomercio/AC, Leandro Domingos.

A ação movida pela União contra os empresários exige o cancelamento da matrícula cartorial (uma espécie de identidade da área para o proprietário), a demolição das edificações e a proibição da venda. A Justiça não acatou a íntegra da ação ajuizada. O juiz, por meio de liminar, definiu que está proibida a venda dos imóveis enquanto não se resolve a situação.

Há três situações distintas dos imóveis localizados na área. Há proprietários que possuem título; empresários que não têm título e pessoas físicas (sem titulação).


NOTAS ECONÔMICAS

Preocupante
O Idaf deve dar uma resposta mais clara em relação à proteção sanitária feita na região de fronteira com a Bolívia. Sair de “zona desconhecida” para “área livre de febre aftosa” foi uma conquista histórica com boas consequências econômicas. Colocar em suspeição esse título seria um troféu pouco edificante.

Aboiar
Poucas pessoas sabem disso tão bem quanto o pecuarista Luiz Augusto do Vale, o Guy, que atualmente, responde pela presidência do Instituto de Defesa Animal e Florestal do Acre. Tem que haver transparência e rapidez no processo. O gabinete do Governador Tião Viana deveria concretizar articulações com as embaixadas e consulados da Bolívia e comunicar isso diariamente. Isso não é fazer alarde. É mostrar que aqui no Acre, não há mais espaço para aftosa.

Saneamento
O Instituto Trata Brasil fez os cálculos. O Governo Federal investe somente 0,2% do Produto Interno Bruto em saneamento. O ideal seria investir pelo menos três vezes mais. Rio Branco escapou da lista das cidades com piores índices de saneamento. Foi por pouco. A Capital está com índice de tratamento de esgoto abaixo do percentual médio estimado em 39%.

Tratamento
Não constar na lista das dez piores cidades em índices de saneamento básico e tratamento de esgoto não é motivo de comemoração. Basta frequentar regiões como Bairro da Pista, Taquari, Caladinho, Tropical (bairro de classe média). No bairro Adalberto Aragão, há uma estação de tratamento de esgoto que vai tratar os resíduos de boa parte do Centro e adjacências.

Santa Cruz
No Residencial Santa Cruz, em Rio Branco, entregue ano passado pelo Governo do Estado, as casas são novinhas. Mas, a cena é velha. O esgoto não suportou o início do uso das casas. Qualidade das obras também é questão de saúde pública.

Estações do povo
O ideal seria se, junto com o programa Ruas do Povo, o governo anunciasse o programa “Estações para o Povo”, com previsão de construção de estações de tratamento de esgoto e de água em todas (frise-se: todas) cidades do Acre. O Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) foi criado com essa finalidade, mas esbarrou no contexto de arrocho orçamentário da presidente Dilma Rousseff.

Vocação
O discurso do empresário Jaime Bechimol soa como cantilena aos ouvidos oficiais. “A boa administração do poder público local e a presença do Via Verde criaram ambiente ideal para a chegada da Bemol”. Não é uma opinião qualquer. Bechimol é dono de um dos maiores conjuntos de empresas do Norte do país.

Antimary I
Vira e mexe, e lá se volta à polêmica em torno da exploração de madeira no Antimary. Retirados os devidos excessos, é preciso mais que uma condução técnica no projeto. O engenheiro florestal e secretário de Estado de Florestas, João Paulo Mastrângelo, por mais competente que seja, não tem robustez política pata tocar as discussões ali. Prova disso foi a última reunião com a comunidade de extrativistas.

Antimary II
É preciso haver convencimento político entre os próprios comunitários de que aquilo ali é viável. Ou fecha. Se depois de tanto tempo, nem os próprios moradores estão convencidos é porque alguém está errando na condução.

 

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