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Antimary: governo manobra e faz audiência pública em Rio Branco

A audiência pública que seria realizada ontem na Floresta Estadual do Antimary acabou acontecendo no auditório da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar. A articulação governamental teve o claro objetivo de retirar da agenda das discussões o componente político partidário presente nas discussões sobre as 40 famílias de posseiros que invadiram a Floresta Estadual do Antimary. Algumas famí-lias estão na região há mais de dois anos e, por serem posseiros, não estão incluídos em nenhum programa oficial de incentivo à produção. “Quiseram nos excluir do debate”, reclama o deputado estadual Wherles Rocha (PSDB). “Mas, o encontro aconteceu e foi produtivo”.

Por telefone, o líder do Governo na Aleac, deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB) não quis se pronunciar sobre o assunto por não ter participado da audiência pública. Na prática, a audiência pública trouxe três propostas feitas pelo deputado estadual Eduardo Farias (PCdoB) para resolver o problema dos posseiros.

A primeira é integrar as 40 famílias às três associações de extrativistas existentes na Floresta Estadual do Antimary (proposta que não conta com a simpatia do secretário de Florestas, João Paulo Mastrângelo); a segunda proposta (mais simpática à Secretaria de Estado de Florestas) é desmembrar a área invadida e excluí-la da Floresta Estadual do Antimary e a terceira é realocar as famílias em um projeto de assentamento em outra região. “São 3 possibilidades que passam a ser prioridade nas discussões”, afirma o deputado estadual Eduardo Farias (PCdoB).

Um Grupo de Trabalho integrado por representantes dos posseiros, das associações de extrativistas do Antimary, da Aleac, do Governo, da Procuradoria Geral do Estado e do Incra foi formado para definir soluções ao problema tendo as propostas da audiência como referência.

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