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Bancários marcam assembleia para avaliar ampliação da greve

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), reúne-se amanhã (11) às 10h, em São Paulo, para avaliar a greve e ampliar o movimento. Segundo a confederação, a ampliação da greve é uma resposta ao “silêncio” da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado a negociações trabalhistas.

grebancarios
A greve começou no dia 27 de setembro e completa 14 dias hoje (10), paralisando cerca de 9 mil agências de bancos públicos e privados. Segundo a Contraf, a paralisação começou após as assembleias dos sindicatos rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 8%, que representa 0,56% de aumento real. Desde o início da greve, nenhuma nova proposta foi feita pela Fenaban.

A categoria reivindica reajuste de 12,8% (5% de aumento real mais a inflação do período), valorização do piso, aumento da participação nos lucros e resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas consideradas abusivas, mais segurança nas agências, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.

Na última sexta-feira (7), a Fenaban disse, por meio de nota, que “fez duas propostas completas visando a acordo com os bancários e colocou-se à disposição do movimento sindical para tratar de eventuais acertos que fossem necessários. Portanto, não há razão para que a federação apresente nova contraproposta como querem os sindicalistas. O que se espera, agora, é que sejam discutidos os ajustes que levem ao acordo”.

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Greve dos bancários completa 14 dias

A greve nacional dos bancários chega a seu décimo quarto dia hoje (10). Quase 9 mil agências de bancos públicos e privados continuam fechadas em 26 estados e no Distrito Federal, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

De acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, até agora não houve sinalização dos patrões para um acordo. Segundo ele, os bancos não deram sequer resposta à carta enviada no último dia 4 solicitando uma rodada de negociações. Já a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), diz que a disposição de negociar com os bancários permanece. O próximo balanço da greve será divulgado hoje no final do dia.

Enquanto isso, a população que não tem como usar os serviços por meio da internet ou dos caixas eletrônicos reclama. A copeira Jocilene Alves Ferreira recebe o salário por ordem de pagamento e só pode sacar o valor mediante identificação na boca do caixa. Ou seja, uma operação que não pode ser feita no caixa eletrônico. “Tenho que esperar os bancários saírem da greve. É um transtorno. No meu caso, não tenho como usar a o internet banking”, disse.

Luís Carlos Fernandes, motorista, disse que entende o direito de greve dos bancários, mas reclama que o movimento não está causando prejuízo aos patrões, mas sim à população. “Acho que cada um tem os seus direitos, mas eles [bancários] precisam olhar para a população”, declarou.  (Agência Brasil)

 

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