Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Cidades do interior ainda são pouco exploradas por redes de fast-food

A expansão econômica brasileira ainda vai abrir espaço para o crescimento de empresas no interior do país por mais de uma década. A avaliação é de Rodrigo Moita, professor do Insper e PhD em economia pela Universidade de Illinois.

Ele conduziu um estudo com base nos movimentos de 5 cadeias de fast-food e concluiu que a interiorização das redes ainda não aconteceu, que há espaço para as empresas se espalharem pelo interior do país e que a chegada de uma rede a uma cidade influencia a entrada da segunda.

O estudo analisou quais fatores atraem as redes para as cidades brasileiras de médio e de grande porte, considerando os municípios com mais de 90 mil e menos de 1 milhão de habitantes e que têm pelo menos um restaurante de Bob’s, McDonald’s, Subway, Giraffas ou Habib’s – juntas, essas redes faturaram mais de R$ 5 bilhões em 2.247 pontos de vendas em 2009. Ao todo, foram estudadas 264 cidades.

Moita diz que, quando uma rede chega a um município novo, ‘abre caminho’ para a concorrente por mostrar que aquela cidade tem potencial para receber redes de fast-food – e que há público interessado.

De acordo com o estudo, há uma demanda excessiva por grandes marcas em cidades menores, devido a restrições financeiras e administrativas.

Para Moita, as empresas demoram para sair dos grandes centros urbanos por desconhecerem algumas cidades e regiões do país. Marcos Nascimento, diretor da consultoria Cia de Franchising, concorda que as redes vão migrar para o interior dos Estados durante a próxima década. Ele diz que a abertura de shoppings centers é o motor desse movimento.

“Hoje você fala no interior de Goiás, do Mato Grosso do Sul. Em 2025 vai estar falando de lojas no Acre e no Maranhão”, observa o professor Rodrigo Moita. (Valor On Line)

Sair da versão mobile